Sindical

Armas e cultura são incompatíveis, diz presidente do Sindcine

Sonia Santana preside o Sindcine – Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Cinematográfica. Ela escreveu artigo em defesa da cultura e contra a apologia às armas (clique aqui e leia).

Ela também falou à Agência Sindical sobre a Lei Rouanet e o Fundo Setorial Audiovisual, que financia projetos a partir de recursos fiscais gerados pela própria indústria. “No nosso caso, os subsídios vêm muito mais do Fundo, que é dinheiro do setor”, afirma.

Para a dirigente, o ex-secretário da Cultura, Mário Frias, e o ex-secretário de incentivo e fomento à Cultura, André Porciuncula, querem uma sociedade armada. Em 28 de março, Porciuncula, então responsável pela análise de projetos pra incentivo pela Lei Rouanet, disse que o governo tem R$ 1,2 bilhão para dois “mega-eventos”, verba que poderia ser utilizada por produtores de conteúdos audiovisuais pró-armas.

Segundo Sonia, “há uma política deliberada do governo visando confundir as pessoas e rebaixar o audiovisual”. Ela esclarece que a Lei Rouanet foi modificada pela própria Secretaria da Cultura e teve redução de vários valores de incentivo. O máximo a ser captado por projeto caiu de R$ 10 milhões pra R$ 6 milhões.

Fundo – O Fundo Setorial do Audiovisual é uma parcela dos impostos recolhidos pela própria atividade, como cinema e televisão, ao exibir as obras. Ou seja, subsidia produções com receitas que o próprio audiovisual gera.

Para Sonia Santana, a imagem de um país se associa à qualidade do seu cinema. Ela ressalta que o audiovisual tem credibilidade, gera empregos, traz inovação tecnológica, forma profissionais e gira ampla cadeia produtiva. E finaliza: “Essa gente não entende de cultura.”

MAIS – Acesse o Site do Sindcine.

Por Agência Sindical

Jornal Imprensa Sindical

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