Brasil

Bolsonaro confirma aval de Trump para seu filho como embaixador no EUA

Jair Bolsonaro e o filho Eduardo, indicado para a embaixada brasileira nos EUA. Foto: AFP / Sergio LIMA

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira que está se preparando para submeter ao Senado a nomeação de seu filho Eduardo Bolsonaro como embaixador do Brasil em Washington, após o governo dos Estados Unidos dar seu aval.

“Então eu tô muito feliz e tenho certeza que esses laços de amizade e comerciais com os Estados Unidos serão potencializados com o Eduardo lá”, disse o presidente em Brasília.

A proposta de Bolsonaro de nomear o filho de 35 anos embaixador para aquela que é considerada a principal legação do Brasil provocou controvérsias no país.

O passo seguinte é designar oficialmente Eduardo Bolsonaro para assumir o cargo.

“Se puder conversar hoje com o [ministro das Relações Exteriores] Ernesto Araújo, a gente toma a decisão. Tem pressa não, tá tranquilo”, disse o presidente.

O deputado Eduardo Bolsonaro deverá ser sabatinado por uma comissão do Senado e sua indicação, submetida à votação secreta e aprovação por maioria simples tanto na comissão como no plenário.

“Foi um agrément até um pouco diferente, né?, lado pessoal”, disse o Bolsonaro, revelando que soube da aprovação através de uma carta escrita de próprio punho pelo presidente americano, Donald Trump, de quem se declara um grande admirador.

– Muita exigência

“Se a resposta do Senado for positiva, irei para os Estados Unidos sabendo da responsabilidade. Sabendo que serei o embaixador provavelmente mais cobrando do mundo”, disse o deputado após conhecer a notícia.

Trump já havia expressado seu entusiasmo em ver em Washington Eduardo Bolsonaro, que serve de elo entre seu pai e os representantes da atual onda neoconservadora global.

“Eu acho que é uma ótima nomeação”, disse ele. “Não acho que seja nepotismo”, acrescentou Trump, cuja filha Ivanka e o genro Jared Kushner estão entre seus conselheiros próximos.

Eduardo Bolsonaro, diplomado em direito e atualmente à frente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, afirmou no mês passado que se sentia em condições de assumir a posição, dada a sua ação legislativa ligada à diplomacia e o período que fez intercâmbio estudantil.

“Eu já fiz um intercâmbio, já fritei hambúrgueres” nos Estados Unidos, disse, provavelmente em referência ao programa de intercâmbio Work Experience, do qual participou entre 2004 e 2005, segundo seu currículo.

Também escreveu no Twitter que trabalhou “lavando pratos com mexicanos e peruanos em uma cozinha cercada de neve no Maine e no Colorado”.

Eduardo Bolsonaro foi o único representante brasileiro que participou em março passado, ao lado do pai, da reunião privada com Trump no Salão Oval da Casa Branca, embora o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, fizesse parte da delegação.

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