O presidente Jair Bolsonaro disse nesta terça-feira (10) que espera que a Argentina “dê certo” com seu novo presidente, Alberto Fernández, com quem mantém uma forte disputa ideológica.
“Estou torcendo para a Argentina dê certo. Se bem que os números dizem que vão ter mais dificuldade do que nós”, disse Bolsonaro, depois de deixar sua residência oficial em Brasília.
O presidente disse ainda que o partido do ex-presidente Mauricio Macri, a quem ele apoiou na campanha eleitoral, conseguiu uma “grande bancada” no Congresso e, portanto, o governo de centro-esquerda de Fernández “terá problemas para impor sua política”.
Bolsonaro não parabenizou Fernández após a sua vitória eleitoral, em outubro, e alertou, desde o início, que não compareceria à sua posse, e que o Brasil enviaria apenas um ministro ou o embaixador em Buenos Aires.
Mas, no último minuto, ele decidiu enviar o vice-presidente Hamilton Mourão “para avaliar o relacionamento com a Argentina, especialmente em aspectos comerciais”, disse o porta-voz presidencial na segunda-feira.
“Não queremos brigar com ninguém, queremos fazer comércio com o mundo todo. Não queremos brigar com a Argentina”, disse o próprio Bolsonaro nesta terça.
A Argentina é o terceiro parceiro comercial do Brasil e o primeiro importador de produtos industriais brasileiros.
O Brasil, por outro lado, é o principal parceiro comercial da Argentina.
Falando ao jornal O Globo, em Buenos Aires, Mourão disse que os dois países “precisam se ajudar”.
E explicou a interdependência entre os dois países, afirmando que muitos dos objetivos econômicos do governo brasileiro não poderão ser alcançados este ano devido à “crise que a Argentina está passando”.
AFP
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