BRASÍLIA (Reuters) – O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira a apoiadores que avaliará a edição de uma medida provisória para barrar a adoção de um passaporte de vacinação de Covid-19, medida que já vem sendo realizada por alguns municípios.
“Não tem aqui, aquela lei nossa era para valer até o final de 2020, prorrogou, mas lá não está escrito passaporte. Quem prorrogou a lei foi o Supremo, era até 2020, que nem vacina tinha”, disse ele aos apoiadores, em aparente referência à lei que decretou emergência de saúde pública por causa da pandemia de Covid-19.
“Era para valer até 31 de dezembro, foi prorrogado, vou ver se consigo por MP revogar esse dispositivo de vacina aí”, reforçou ele, em vídeo divulgado pelas redes sociais.
O presidente já havia criticado e dito que vetaria uma proposta em tramitação no Congresso que cria o chamado passaporte Covid, documento que conteria informações sobre a imunização contra coronavírus.
Em linha com o que vem sendo praticado por países europeus, a cidade de São Paulo adotou o passaporte de vacina, que exige comprovação de vacinação contra Covid-19 para entrada em eventos com mais de 500 pessoas, e a prefeitura do Rio de Janeiro passará a exigir a comprovação de vacinação para entrada em locais de uso coletivo a partir do dia 15 deste mês.
Na semana passada, Bolsonaro classificou a adoção do passaporte de vacina como um “crime”. A medida também foi criticada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que disse que ela restringirá liberdades individuais.
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