O novo ministro brasileiro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, comprometeram-se nesta quarta-feira (2) a construir uma “parceria mais intensa e muito mais elevada” e lutar juntos contra “regimes autoritários” como Cuba e Venezuela.
O encontro entre os dois líderes aconteceu no Palácio Itamaraty, em Brasília, e faz parte do novo alinhamento geopolítico do governo de extrema direita de Jair Bolsonaro.
Depois, Pompeo foi recebido por Bolsonaro no Palácio do Planalto, onde na terça-feira recebeu a faixa presidencial das mãos do agora ex-presidente Michel Temer.
Araújo declarou que teve uma “excelente conversa sobre como construir uma parceria mais intensa e muito mais elevada com os Estados Unidos”, ressaltando que discutiram “sobre trabalhar juntos pelo bem e por uma ordem internacional diferente, que corresponda aos valores dos nossos povos”.
O ministro afirmou ainda que a nova relação com os Estados Unidos é consequência de um “realinhamento” interno e que “um país grande não precisa renunciar às suas ideias para criar oportunidades econômicas”, ao ser perguntado sobre se o alinhamento com o governo de Trump pode representar riscos comerciais com outros países, em uma referência velada à China.
Durante a campanha, Bolsonaro acusou Pequim, maior parceiro comercial do país, de estar “comprando o Brasil”.
Pompeo afirmou, por sua vez, que a aproximação com a maior potência latino-americana é “uma oportunidade transformadora para as duas nações” no âmbito do comércio e da segurança.
“E é uma oportunidade para trabalharmos juntos contra os regimes autoritário de todo mundo”, como Cuba, Venezuela e Nicarágua.
AFP
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