A MP do Apagão, aprovada pelo Senado quinta, 17, retorna à Câmara dos Deputados. O período de debates, ajustes e votação deve avançar pelos próximos 15 dias. Mas sem grandes expectativas de mudança.
A avaliação é de Murilo Pinheiro, presidente do Sindicato dos Engenheiros no Estado de SP e Federação Nacional (FNE). Como líder de classe, ele aponta ameaças ao emprego. “Todos na Eletrobras são CLT. A tendência, com a privatização, é enxugar e demitir, porque o setor privado quer o máximo de lucros”, afirma.
Maior geradora de energia da América Latina, a Eletrobras, que compõe um sistema integrado nacional, há tempos perde pedaços. Na privatização, também se vão usinas, transmissoras e outros ativos. Os reflexos serão reais. “O aumento no custo da energia, doméstica e para empresas, será consequência”, adianta Murilo Pinheiro.
A votação quinta foi precedida de forte mobilização das entidades de classe. Mas isso não sensibilizou a maioria (42 votos a favor e 37 contra). Nas palavras do dirigente, “o País abre mão de uma empresa forte e vibrante” e cai na incerteza quanto ao abastecimento.
Caso a privatização se consuma, começam providências em várias frentes. Espera-se que o edital, por exemplo, preveja obrigatoriedade de investimentos. Murilo observa a entrada forte de empresas chinesas. “São estatais”, ele diz. Já aqui o governo entrega o setor.
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Por Agência Sindical
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