Reunidas no Dieese, SP, nesta segunda (16), as Centrais Sindicais debateram o cenário nacional devido à propagação do coronavírus. Para os sindicalistas, é preciso conscientizar a população acerca da gravidade do problema e seus impactos na vida social e econômica do País, com riscos ao mercado de trabalho.
Presidente da Força Sindical, Miguel Torres afirma que o sindicalismo deve propor ao governo e ao Parlamento um conjunto de ações em defesa dos trabalhadores e da economia. Ele diz: “Reivindicamos um plano emergencial de apoio à atividade econômica, a geração de empregos e a garantia de renda dos trabalhadores”.
Segundo o dirigente, a ideia é agendar reuniões com os líderes do Congresso Nacional a quem deverão entregar documento de propostas e reivindicações. “Nos próximos dias tentaremos nos reunir com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e do Senado, David Alcolumbre, a fim de entregar o documento e cobrar ações”, diz Miguel Torres.
Adilson Araújo, presidente da CTB, reforça que faltam iniciativas e mais responsabilidade por parte do governo. “É momento de medidas emergenciais. Mas o presidente da República mostra não estar preocupado, visto sua atitude domingo, quando compareceu em manifestação, contrariando recomendações médicas”, afirma.
De acordo com o cetebista, as Centrais atuarão no sentido de conscientizar a sociedade. “Precisamos passar a mensagem de que é urgente enfrentar o problema da grave crise, que agora se agrava com a pandemia do coronavírus. O governo deve adotar medidas reais pra amenizar esses impactos”, ele defende.
Para o Dieese, o conjunto da classe trabalhadora deve ser protegido. Fausto Augusto Junior, seu diretor-técnico, orienta que o sindicalismo deve estar atento para que trabalhadores não sejam explorados com a imposição de férias coletivas, banco de horas e outras medidas unilaterais. “Devemos garantir os direitos e cabe ao Estado criar mecanismos pra que isso se efetive. Nesse momento, é preciso proteger os trabalhadores, que não podem pagar a conta dessa epidemia” alerta.
Dia 18 – As Centrais cancelaram os atos do dia 18, seguindo recomendação da OMS de evitar aglomerações. No entanto, está mantida a mobilização na base em defesa da pauta dos servidores públicos e trabalhadores da Educação. “A mobilização por serviços públicos de qualidade, proteção do Servidor e empregos é permanente”, reforça Miguel Torres.
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Agência Sindical
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