As 11 Centrais Sindicais lançaram quinta (17) campanha e abaixo-assinado pela manutenção do valor do Auxílio Emergencial em R$ 600,00 até o mês de dezembro.
A mobilização visa pressionar Rodrigo Maia, presidente da Câmara, a pautar a Medida Provisória 1.000/2020, editada por Bolsonaro em 3 de setembro. A MP prorroga o benefício até dezembro, mas reduz o valor em 50%, ou seja, para R$ 300,00.
Os sindicalistas querem que os parlamentares alterem a Medida e restabeleçam o valor de R$ 600,00. O texto recebeu 262 propostas de emenda de deputados e senadores. Boa parte eleva o valor do benefício.
Segundo Sérgio Nobre, presidente da CUT, o Auxílio já mostrou sua importância para a sobrevivência das famílias e da economia. “É um crime essa redução. Com R$ 300,00 não dá pra comprar a cesta básica. O valor de R$ 600 é fundamental”, reforça.
Assinaturas – O abaixo-assinado já está disponível nas redes sociais. Clique aqui e assine. Os Sindicatos também percorrerão fábricas e bairros pra conscientizar a população sobre a importância de se manter o valor.
UGT – Ricardo Patah, presidente da UGT, afirma que as Centrais estão unidas, mas é preciso que os Sindicatos mobilizem suas bases. Ele também reforça a ação política. “Nosso movimento deve se reunir com as bancadas e sensibilizar os políticos Brasil a fora. Essa campanha é essencial para os trabalhadores, o movimento sindical e o País”, comenta.
Economia – Segundo economistas, desde que começou a ser pago, o Auxílio tem garantido parte do consumo em um cenário de recessão e alto desemprego. “Esse Auxílio aquece o mercado interno. Quem ganha muito concentra renda. Quem ganha pouco gasta tudo. Isso faz a economia girar. Principalmente em regiões mais pobres”, afirma Pedro Afonso Gomes, presidente do Sindicato dos Economistas de SP. Ele lembra que as parcelas de R$ 600,00 garantiram a sobrevivência de milhões de brasileiros. “O dinheiro foi gasto basicamente com alimento. O fato é que muita gente está sobrevivendo com os R$ 600,00”, diz Pedro Afonso.
Segundo pesquisa do Datafolha, 53% dos entrevistados que receberam o Auxílio Emergencial compraram comida; 25% pagaram contas; e 16% utilizaram para outras despesas domésticas.
Assine – Clique aqui e acesse o abaixo-assinado.
Nota – Leia na íntegra documento das Centrais e do Dieese.
Por Agência Sindical
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