O Chile registrou nesta sexta-feira (29) um novo recorde de mortes por coronavírus nas últimas 24 horas com 54 mortos, totalizando 944, enquanto os casos ultrapassam os 90.000, relataram as autoridades de saúde.
Quando em Santiago, capital chilena onde vivem sete dos 18 milhões de habitantes do país, começa a terceira semana de quarentena geral, os números de mortos e infectados não diminuem, assim como a ocupação nos leitos de UTI.
De acordo com último relatório do Ministério da Saúde, nas últimas 24 horas foram registrados 3.695 novos casos, totalizando 90.638 desde o primeiro caso registrado em 3 de março.
O número de mortos de hoje superou o anterior relatado quinta-feira, de 49.
No total, 944 mortes foram contabilizadas até o momento como resultado da pandemia, em sua maioria idosos com doenças crônicas ou em estado terminal, de acordo com as autoridades, que alertaram entretanto que mais da metade dos infectados são menores de 40 anos.
O número de recuperados, no entanto, é de 38.598.
Neste cenário, com um aumento sustentado dos casos há duas semanas, o ministro da saúde, Jaime Mañalich, explicou a polêmica declaração que fez em um programa de televisão na quinta-feira.
No programa, disse desconhecer o nível real de superlotação dos bairros mais pobres de Santiago, focos de contágios e onde protestos começaram a emergir nos últimos dias para exigir auxílio estatal.
Consultado nesta sexta-feira, o ministro afirmou ter “um conhecimento muito completo da realidade do país, de sua situação de iniquidade, de emprego e de migrantes”, acrescentando que conta com o apoio do presidente Sebastián Piñera.
Os serviços de emergência estavam operando no limite, principalmente em Santiago, onde se registra mais de 80% dos casos.
De acordo com o relatório do Ministério da Saúde, a ocupação de leitos de UTI em Santiago ultrapassava os 90%.
Atualmente,há 1.350 pessoas internadas em todo o Chile, das quais 1.143 estão em ventilação mecânica.
AFP
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