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CNTA teme envenenamento de trabalhadores e crianças

Foto: Divulgação

A nova dor de cabeça das entidades da Alimentação é o “PL do Veneno”. Aprovada por 301 votos, na Câmara, a matéria segue para o Senado. Dirigentes estão preocupados, também, com o envenenamento de trabalhadores rurais e das indústrias.

Agência Sindical ouviu Artur Bueno de Camargo, presidente da Confederação Nacional do setor – CNTA/Afins. Principais pontos da entrevista:

Limites – O Brasil ultrapassa todos os limites no uso de agrotóxicos. Bolsonaro, de uma tacada só, liberou comercializar 500 produtos. Muitos deles são proibidos em diversos países.

Vítimas – As vítimas somos todos nós, mas pouco se fala do trabalhador que mete a mão na massa e lida diretamente com o veneno.

Poder – A aprovação na Câmara mostra o poder do agronegócio e sua ganância pra lucrar.

Água – Do solo, o veneno vai pro subsolo e chega aos lençóis freáticos. Ocorre a dupla contaminação da terra e da água.

Peixes – Hoje em dia, nos córregos quase não há mais peixe de couro, porque eles põem suas ovas no fundo dos leitos. É no barro que o veneno se deposita e mata ali mesmo as ovas.

Silos – Trigo, arroz, feijão, algodão, o que se colhe no campo vai para o silo. Dali, o trabalhador recolhe pra industrializar o produto, já contaminado.

Merenda – Penso nas crianças que comem merenda escolar feita com produtos cheios de agrotóxico. São milhões. O que será da saúde dessas gerações?

CNTA e outras entidades, incluindo a UITA, vão atuar junto ao Senado contra a aprovação do “PL do Veneno”. Há também contatos com entidades ambientalistas e órgãos de pesquisa da saúde dos trabalhadores.

MAIS INFORMAÇÕES – Sites da CNTAContac-CUT e UITA.

Por Agência Sindical

Jornal Imprensa Sindical

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