Duramente lesados pela Reforma Previdenciária de Jair Bolsonaro, aposentados e pensionistas depositam esperanças no governo Lula. E trabalham, desde já, pra manter canais de diálogo com o Presidente eleito.
João Batista Inocentini, presidente do Sindinapi (Sindicato Nacional ligado à Força Sindical), concedeu entrevista ao jornalista Luciano Faccioli. E explica por que eles estão esperançosos.
“Havia dois projetos em disputa na eleição. Um a favor do emprego, mais renda e maior poder de compra aos aposentados. O outro era continuar o ódio, a divisão entre brasileiros e a defesa dos interesses da minoria contra a maioria. Esse projeto nós ajudamos a derrotar”, diz Inocentini.
O líder dos aposentados informa já haver marcado reunião com Geraldo Alckmin, vice de Lula e por ele designado pra coordenar a transição rumo ao futuro governo (Clique aqui e assista à entrevista). O aumento real no salário mínimo é um das principais bandeiras do Sindinapi.
Dieese – A Agência Sindical ouviu o professor e economista Rodolfo Viana, do Dieese. Ele dá máxima prioridade à questão. “Além da parte econômica, existe o caráter social, porque o salário mínimo é usado, em boa parte, para a alimentação das famílias”, explica.
O Mínimo, na prática, remunera dezenas de milhares, de aposentados ou na ativa. O professor Rodolfo enumera: “Há assalariados formais que ganham Mínimo, informais também e mesmo intermitentes que são pagos com base no salário-hora do Mínimo”. O economista do Dieese também inclui “pessoas que recebem BPC e outros benefícios previdenciários”.
Estaduais – O sindicalismo quer ganho real nos Pisos estaduais. As Centrais do Rio Grande do Sul encaminharam pedido de reunião ao governador Ranolfo JR, a fim de tratar do reajuste regional. Reivindicam 15,58% – reposição de 10,60% referente ao INPC de 2021 até janeiro deste ano e a recuperação de 4,50% relativa ao INPC de 2019, que não foi pago em 2020.
Por Agência Sindical
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