Segundo o estudo produzido pelo Instituto DataFolha e divulgado nesta quinta-feira, apenas 12,6% dos entrevistados disseram aos pesquisadores ter sentido uma melhora em sua condição. Outros 41,7% afirmam que a situação ficou como estava antes da chegada do vírus, segundo o levantamento realizado nos dias 7 e 8 de julho.
Desde que a pandemia do novo coronavírus se instalou no país, com mais de 530 mil mortos, até agora, aumentou o desemprego e a renda dos trabalhadores declinou em 45,6%, segundo pesquisa do Instituto DataFolha, de propriedade do diário conservador paulistano Folha de S. Paulo (FSP), divulgada nesta quinta-feira.
Segundo o estudo, 12,6% dos entrevistados dizem ter sentido uma melhora em sua condição. Outros 41,7% afirmam que a situação ficou como estava antes da chegada do vírus, segundo o levantamento realizado nos dias 7 e 8 de julho.
“A crise de saúde ressaltou a desigualdade de renda. Entre os mais pobres, aqueles com renda familiar de até dois salários mínimos (ou R$ 2.200, em valores de 2021), 54% relatam que a situação financeira se deteriorou”, destaca a pesquisa.
Impostos
Na faixa daqueles que ganham de dois a cinco salários mínimos, “37% compartilham dessa percepção. No grupo com renda entre de cinco a dez salários mínimos, esse percentual cai ainda mais (25%). Para quem ganha acima de dez salários mínimos, 22% dizem que sua situação piorou”, acrescenta.
A depressão financeira ao ter de enfrentar o vírus também foi maior para brasileiros de cor amarela (56%), preta (51%) e parda (46%) do que branca (42%). “Para 59% das famílias mais ricas, aliás, a vida ficou como estava, apesar dos desafios impostos pela pandemia. Para 19% deles, a situação até melhorou”, sublinha.
Estudo recente, produzido pelo banco Credit Suisse, revela que o 1% no topo da pirâmide brasileira já concentra metade da renda, sendo que a distribuição piorou com desde o início da crise sanitária causada pela covid-19.
Pnad Contínua
Uma edição do boletim Desigualdade nas Metrópoles, que ainda circula, o coronavírus levou mais de 4,3 milhões de moradores das regiões metropolitanas para a faixa de renda do trabalho classificada como muito baixa, com renda por pessoa de até um quarto do salário mínimo.
“As taxas recordes de desocupação que o país enfrenta nos últimos meses também pesaram sobre a percepção dos brasileiros. Entre fevereiro e abril, a taxa bateu em 14,7%, e o número de desempregados totalizou 14,8 milhões. Os dados integram a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)”, acrescenta.
A pesquisa do DataFolha ouviu 2.074 brasileiros em todo o país. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Fonte: Correio do Brasil
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