Até final de dezembro, 87,7 milhões de brasileiros receberão cerca de R$ 291 bilhões, de 13º salário. Montante equivale a 2,7% do Produto Interno Bruto – segundo o Dieese.
Benefício consagrado por Jango em 1962, após longa greve das categorias urbanas, o décimo pagará empregados domésticos, beneficiários da Previdência, aposentados e beneficiários de pensão da União, Estados e Municípios. Valor médio, em torno de R$ 3.057,00.
O então líder têxtil Antonio Chamorro, que participou da greve em 1961 e liderou na categoria movimentos pelo abono de Natal conta que a empresa onde trabalhava deu aos empregados, no final do ano, um saco de laranjas.
Do pagamento do 13º o Dieese exclui autônomos, assalariados sem Carteira ou trabalhadores com outras formas de inserção no mercado que, eventualmente, recebem algum tipo de abono de fim de ano, uma vez que não há dados disponíveis sobre esses proventos.
Dos 87,7 milhões a serem beneficiados com o 13º salário, 53,8 milhões, ou 69,2%, são do mercado formal, entre eles, empregados domésticos com Carteira assinada, que somam 1,5 milhão, ou seja, 1,7% do conjunto de beneficiários. Aposentado ou pensionista corresponde a 32,8 milhões, ou 37,5% do total.
Mercado – Rodolfo Viana é economista do Dieese e responde pela subseção no Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos e Região. Na cidade, ele informa, o 13º injetará R$ 1.378.041,240,31 bilhão na economia.
O benefício, em geral, é gasto pelas próprias famílias, na compra de alimentos, roupas, pequenas reformas em casa, renovação de utensílios domésticos ou pagamento de dívidas.
Rodolfo diz: “A força do 13º na economia mostra a importância de um mercado interno robusto”. Ele frisa que o montante de R$ 291 bilhões em todo o País é fruto de conquista sindical. “Teve luta. Portanto, é um benefício que de ser mantido intocável”, argumenta o Professor e Economista.
MAIS – Site do Dieese.
Por Agência Sindical
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