A atual crise, agravada duramente pela pandemia, mostra o mercado impotente pra resolver problemas coletivos. Portanto, é preciso Estado forte. Diz o Artigo 3º da Constituição: “Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: “I) Construir uma sociedade livre, justa e solidária” – III: “Erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais”.
Quem nos lembra disso é Antônio Augusto de Queiroz (o Toninho do Diap), que falou sexta,5, na live diária da Agência Sindical. Consultor político e diretor licenciado do Diap, ele vê Bolsonaro em desgaste e aponta protagonismo do Legislativo. “Os R$ 600,00 do Auxílio Emergencial pra milhões de brasileiros vieram do Congresso. Por Bolsonaro, seriam R$ 200,00, quando muito”.
Para Toninho, a pandemia também fez a classe média reencontrar o SUS (Sistema Único de Saúde), que, segundo ele, se mostra indispensável aos brasileiros. Para o consultor, sem o SUS, o número de mortes seria muito maior. Ele adverte: “Está provado que essa ideia de comprar saúde no mercado não funciona. A classe média precisa apoiar o Sistema Único”.
Economia – A soma de recessão, crise política e pandemia bate duro na vida real. “A queda no PIB pode chegar a 13%. É um panorama muito preocupante, porque haverá perda de receita pelo Estado, pessoas sem trabalho e muitas empresas paralisadas. Outras vão acelerar a automação e a digitalização”, comenta Antônio Augusto de Queiroz. Ou seja, mais desemprego e informalidade. Ele defende crédito para as empresas e também um programa de renda básica universal.
Golpe – Inevitável perguntar a quem vive Brasília por dentro: – Bolsonaro vai tentar o golpe de Estado? Toninho responde: “Havia uma trajetória acelerada nessa direção, mas ela foi interrompida pela pandemia e o isolamento social, quando ficou evidente que o governo não tem um projeto de País, mas de poder. Na minha avaliação, o golpe está suspenso”.
Diap – O Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar, fundado em 1983 e ativo nas matérias de interesse dos trabalhadores junto aos Poderes da República, sofre a crise que também abala o sindicalismo. Toninho conta: “O Diap perdeu dois terços da receita. Nosso site sofreu ataque de hackers e ficou 20 dias fora do ar”.
Assista – Clique aqui e assista à íntegra da live.
Agência Sindical
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