Política

Em cerimônia do Exército, Bolsonaro mira reeleição e critica Venezuela e Argentina

(Resende - RJ, 17/10/2020) Cerimônia de Entrega de Espadim aos Cadetes da Turma “Centenário da Missão Militar Francesa no Brasil”. Foto: Marcos Corrêa/PR Foto: Marcos Correa Newsletters

Durante entrega de espadins a mais de 600 cadetes na Academia das Agulhas Negras, presidente “pede a Deus para estar aqui em 2023”

RIO – Durante cerimônia de entrega de espadins para mais de 600 cadetes do Exército na Academia das Agulhas Negras, em Resende, no sul do estado, o presidente Jair Bolsonaro citou em seu discurso o desejo de ser reeleito e, sem citar nominalmente os países, criticou a Venezuela e a Argentina.

Ao receber do cerimonialista a palavra para discursar, na condição de presidente da República, Bolsonaro afirmou:

– Faltam ainda três anos e meio pela frente (para a turma de cadetes concluir o curso). Peço a Deus para estar aqui em 2023 – disse Bolsonaro, projetando uma vitória na eleição de 2022.

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Em seguida, um mês após o Exército simular situação de guerra na Amazônia com a Venezuela, como revelou O GLOBO, Bolsonaro criticou indiretamente o país e a Argentina em discurso aos cadetes.

– Hoje assistimos um país mais ao norte (Venezuela), onde as Forças Armadas resolveu (sic) enveredar por outro caminho. A liberdade, aquele povo, nosso irmão, perdeu. Mais ao sul, outro país (Argentina) parece querer enveredar pelo mesmo caminho. Peço a Deus que eu esteja errado, peço a Deus que salve nossos irmãos mais ao Sul – afirmou Bolsonaro.

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O presidente estava acompanhado do ministro da Defesa, Fernando Azevedo, do vice-presidente, Hamilton Mourão, do ministro da Casa Civil, Walter Braga Netto, e do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, além de deputados federais e do prefeito de Resende, Diogo Balieiro, candidato à reeleição.

Ontem, enquanto cumprimentava apoiadores, Bolsonaro foi indagado pelo GLOBO sobre a situação do senador Chico Rodrigues (DEM-RR), que foi flagrado com dinheiro na cueca. Perguntado sobre se a decisão de afastamento do senador deve caber ao Senado ou ao Supremo Tribunal Federal, o presidente afirmou:

– Não quero dar opinião política sobre isso daí, não.

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Em seguida, perguntado sobre se pretende apoiar o prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) na reeleição à prefeitura do Rio, Bolsonaro preferiu não responder.

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