Com o auditório lotado e forte presença da categoria, incluindo o Interior, o Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo (Seesp) comemorou na quarta 25 os 85 anos da entidade, completados sábado, 21.
Afora a participação de profissionais da engenharia, de várias gerações, a atividade teve presença de quatro Centrais Sindicais (o Seesp é independente), dois ex-governadores – Geraldo Alckmin e Márcio França – e autoridades do Legislativo e Judiciário. Aldo Rebelo, ex-ministro da Ciência e Tecnologia e também da Defesa, fez parte da mesa.
Memória – No evento, foi lançado o livro “Seesp – 85 anos – Uma história de trabalho e conquistas”. A trajetória narrada no livro foi reafirmada em vários discursos. Antonio Neto, presidente da Central CSB, contou: “Há anos, atuo com o Sindicato, nas negociações coletivas ou nas lutas democráticas e pelo desenvolvimento, nas quais os Engenheiros sempre têm participação ativa”.
O centro das falas foi a questão do desenvolvimento. Para o ex-presidente Antônio Octaviano (gestão 1983-1986), “a engenharia e a atuação do nosso Sindicato não podem ser dissociadas da própria nacionalidade”. Em 85 anos, o Seesp teve 12 presidentes. O atual Murilo Pinheiro também preside a Federação Nacional da categoria.
O ex-governador Alckmin lembrou sua convivência com Mário Covas, que tinha formação em engenharia: “Era direto e objetivo nas questões de governo. Era engenheiro”. Católico, citou o Papa Paulo VI, segundo o qual “desenvolvimento é o nome real da paz”. E completou: “Como produtores de desenvolvimento, os engenheiros são também agentes da paz”.
Riscos – Para Aldo Rebelo, a profissão está ligada à soberania. Segundo o ex-ministro, “só na área de projetos, a Embraer tinha quatro mil engenheiros”. Ele denuncia que o CNPQ – Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – fundado em 1951, pode ser extinto. “Existe essa ameaça e ela é real”, ressaltou. Segundo Aldo, a engenharia está diretamente ligada à defesa do País e a um projeto nacional.
Murilo – O presidente Murilo Pinheiro saudou os presentes e agradeceu também os funcionários da casa. O Sindicato possui diretoria de 400 membros, mais 800 delegados, que representam cerca de 200 mil engenheiros em todo o Estado de São Paulo.
“Nosso Sindicato, além de fazer a defesa da categoria e buscar a valorização profissional, é um local onde há debate, otimismo e esperança”, diz o presidente, que também ressaltou a tolerância. “Aqui, há lugar para a gratidão, jamais ao ódio”, finalizou Murilo Pinheiro.
VÍDEOS – A Agência Sindical gravou vídeos, que serão divulgados em nossas redes.
Agência Sindical
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