O sindicalismo tem feito várias ações solidárias durante a pandemia. Não apenas com cestas básicas. O Auxílio Emergencial de R$ 600,00 nasceu da ação sindical. A Lei Aldir Blanc, pra artistas sem renda, também teve forte participação classista.
No caso do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Cinematográfica e do Audiovisual de SP, RS, MT, MS, GO, TO e DF (Sindcine), a primeira iniciativa foi doar 17 toneladas de alimentos, para 600 famílias de profissionais sem trabalho e renda. Agora, a entidade busca viabilizar o Fundo de Apoio aos Técnicos do Cinema Publicitário.
A Agência Sindical realizou live sexta, dia 14. Participaram Sonia Santana, presidente do Sindcine; Claudio Leone, diretor da entidade; e Mauro Garcia, diretor do Icab – Instituto de Conteúdos Audiovisuais Brasileiros. Sonia é diretora de produção; Leone, diretor de fotografia; e Garcia também preside a Associação Brasileira de Produtoras Independentes de Televisão.
TRECHOS PRINCIPAIS:
Paralisia – Sonia: “Com a pandemia, esses profissionais ficaram sem trabalho; o mercado parou. A única empresa que deu apoio a diversos técnicos de conteúdo foi a Netflix, mas da publicidade não houve. Como são frilas, eles ficaram sem trabalho e renda”.
Fundo – Sonia: “Por isso, tomamos essa iniciativa, solidária. Muita gente ficou doente, pegou Covid-19. Tem profissional vendendo água nas ruas ou entregando comida de bicicleta.
Criamos esse Fundo com o Icab. Mas criar não difícil, difícil é gerir. O objetivo é ajudar o maior número de profissionais que ainda não podem voltar pro set. Estamos buscando apoio das agências e dos profissionais do setor. Precisamos de todo mundo”.
Início – Mauro: “Este mês vai ser de arrecadação e nesse tempo vamos firmar os critérios pra dar transparência. Como recolher a documentação necessária, pra fazer chegar esse benefício a quem precisa”.
Pilar – Leone: “Essa iniciativa é um reconhecimento ao profissional. A indústria da cinematografia não existe sem o técnico; e cada um é único. O trabalho só funciona a partir do senso de equipe. Esperamos que esses tempos difíceis nos ajudem a valorizar esse trabalho cada vez mais”.
Diferenças – Mauro: “Diferente do fundo da Netflix, essa é uma iniciativa do nosso próprio setor pela ausência de governo ou grande empresários. É uma iniciativa que vem de dentro”.
Doações – Sonia: “Há uma conta no Banco do Brasil, e estamos vendo outras formas de facilitar a doação. Não pode a taxa cobrada ser maior que o valor da doação. Podem doar pessoas físicas e jurídicas, que geram recibos pra desconto no imposto de renda”.
Transparência – Mauro: “O site do Fundo traz todas as informações, formas de doação e quem vai poder se credenciar. Utilizamos a experiência do Icab com a Netflix pra simplificar os procedimentos. A formação desse profissional é cara, e leva muito tempo. Não podemos perder, deixar que se desvie da profissão. Temos que ajudar e estar juntos nessa hora”.
Prazo – Sonia: “As inscrições começam em 1º de setembro. A ideia é fazer 30 dias de captação pra levantar os valores e depois mais 30 pra distribuir. Estamos no início. Há pessoas e produtoras fazendo pequenas doações, inclusive de diárias de estúdio e de equipamentos”.
Divulgue – Sonia: “Peço compreensão com a situação do mercado e desse técnico, que está desamparado. São os técnicos que transformam as palavras em histórias. Quem não pode doar ajude a divulgar a campanha. A publicidade contribui muito ao levar conhecimento e informação ao grande público”.
SITE – Saiba mais no site do Sindcine. Clique aqui e acesse o site da campanha.
Agência Sindical
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