O secretário de Estado americano, Mike Pompeo, discutiu neste sábado a crise na Venezuela durante uma breve visita ao Paraguai, país ao qual um funcionário do seu escalão não viajava havia meio século.
“Estamos trabalhando juntos para restaurar a estabilidade e democracia após o caos causado por Maduro”, disse Pompeo em entrevista coletiva com o chanceler paraguaio, Luis Castiglioni.
“Como membro do Grupo de Lima, o Paraguai é líder na defesa da democracia e de chamar Maduro do que é, um tirano que está arruinando seu país. Arruinou seu povo”, assinalou o chefe da diplomacia americana.
Pompeo chegou a Assunção na noite de ontem, após visitar o Chile, e seguiu nesta tarde rumo ao Peru. Amanhã, estará na cidade colombiana de Cúcuta, na fronteira com a Venezuela.
Castiglioni, por sua vez, citou a “tragédia humanitária” na Venezuela, onde a população carece de produtos de toda classe e apagões frequentes também produzem cortes no abastecimento de água.
“Vamos caminhar juntos para que os milhões de venezuelanos que sobrevivem a duras penas voltem, em pouco tempo, a viver em liberdade e democracia, e com seus direitos consagrados recuperados”, disse.
“Os próprios venezuelanos irão mudar a situação de seu país”, afirmou o chanceler paraguaio, ao insistir na posição do Grupo de Lima, que descarta uma intervenção militar.
“Estamos convecidos de que todo o esforço diplomático que está sendo feito de isolamento desse regime terá resultado em pouco tempo”, concluiu.
Treze dos 14 integrantes do Grupo de Lima e os Estados Unidos fazem parte da meia centena de países que reconhecem Juan Guaidó, líder do Parlamento, como presidente encarregado da Venezuela.
Antes de se reunir com Castiglioni, Pompeo foi recebido pelo presidente Mario Abdo, conservador, que rompeu relações com a Venezuela em janeiro.
Além da situação na Venezuela, Pompeo discutiu com Abdo o crime transnacional, principalmente na zona da Tríplice Fronteira (Brasil, Paraguai e Argentina), e as relações diplomáticas com Taiwan. O Paraguai é um dos poucos países latinos que reconhecem a ilha, desde 1957, e Pompeo destacó “a importância de se manter este status”, segundo um comunicado do Departamento de Estado.
AFP
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