Internacional

Ex-presidente argentina comparece à Justiça pela segunda vez

Cristina acena na chegada ao tribunal, em Buenos Aires. Foto: AFP / Juan MABROMATA

A ex-presidente argentina Cristina Kirchner compareceu nesta segunda-feira (27) pela segunda vez perante o tribunal no julgamento por suspeita de corrupção durante seu governo (2007-2015), em uma audiência dedicada à leitura das acusações contra ela e contra outras 12 pessoas.

Senadora do peronismo de esquerda e vice-presidente na chapa para as eleições de 27 de outubro próximo, Kirchner havia solicitado ao tribunal que a isentasse de participar desta segunda sessão.

O tribunal autorizou, desde que apresentasse uma justificativa. A ex-presidente decidiu, então, comparecer.

“Como neste caso podia ser sujeito à interpretação, a recomendação foi de se apresentar”, explicou Gregorio Dalbón, um de seus advogados.

A ex-presidente corria o risco de ser declarada em revelia, caso se ausentasse sem a devida dispensa do tribunal.

Kirchner, de 66 anos, tem vários processos abertos por suspeita de corrupção e cinco pedidos de prisão preventiva. Como tem imunidade parlamentar, estes pedidos não a afetam.

Do mesmo modo que na segunda-feira passada, na primeira audiência do julgamento, Cristina Kirchner entrou sorridente e pontual no tribunal.

O “caso Vialidade” tem 13 réus e é a primeira vez que chega a julgamento oral. Calcula-se que se estenderá por um ano em audiências semanais, nas quais mais de 100 pessoas devem testemunhar.

Cristina é acusada de ter liderado uma associação ilícita para favorecer o empresário Lázaro Báez, ligado aos Kirchner, em concessões para obras viárias na província de Santa Cruz (sul).

O julgamento correrá em paralelo à campanha eleitoral, na qual Kirchner se apresenta como companheira de chapa de seu ex-chefe de gabinete Alberto Fernández.

Kirchner alega que o julgamento é uma “perseguição política com um único objetivo: colocar uma ex-presidente da oposição a este governo no banco dos réus em plena campanha eleitoral”.

Kirchner e o restante dos acusados, entre eles seu ex-ministro de Obras Públicas Julio de Vido, têm a obrigação de presenciar a leitura das acusações, assim como nas demais fases, até o anúncio do veredicto, explicou Dalbón.

 

 

AFP

Jornal Imprensa Sindical

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