“Um tsunâmi cívico nacional em defesa da Educação tomou conta das ruas, surpreendendo o presidente da República que havia profetizado também um tsunâmi, mas não o que aconteceu e cujos milhões de participantes foram por ele insultados como ‘idiotas úteis que não sabem quanto é 7 x 8, nem a fórmula da água'” – começa assim o recente artigo do consultor sindical João Guilherme Vargas Netto.
O professor Oswaldo Augusto de Barros, presidente da CNTEEC e coordenador do Fórum Sindical dos Trabalhadores, também critica a agressão despachada dos EUA pelo presidente da República. E acrescenta: “Bolsonaro queima seu capital político. A manifestação foi nacional e fez lembrar momentos históricos das lutas cívicas, como as Diretas-Já”.
Vargas segue: “As manifestações deram norte às oposições e aos parlamentares, indicando-lhes a necessidade de se aproximar da vida dos brasileiros. Foi o que tentou o deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) propondo a convocação do ministro da Educação à Câmara no mesmo dia da greve”.
Além da defesa da Educação, recursos e liberdade acadêmica, a jornada da quarta levou às ruas a bandeira da resistência à reforma neoliberal da Previdência. Esse papel foi desempenhado especialmente pelos Sindicatos de professores.
Desafios – A paralisação da Educação coloca ao sindicalismo o desafio de organizar, ou reorganizar, a greve geral marcada para 14 de junho. Vargas avalia: “O movimento sindical deve intensificar a coleta das assinaturas do abaixo-assinado contra a deforma previdenciária”. E conclui: “Depois de uma vitória é o melhor momento de se preparar uma outra, desde que se compreenda bem o que garantiu a primeira e o que garantirá a segunda”.
Razão – Para João Franzin, coordenador da Agência Sindical, a greve de junho deve ser realinhada ao calendário da PEC 06/2019. Ele diz: “Ando pelos Sindicatos e quase não vejo ações efetivas pró-greve geral. Palavras de ordem não produzem greve. Também pergunto se as bases trabalhadoras estão sendo consultadas”.
Agência Sindical
Adicionar comentário