Força Sindical e Central dos Sindicatos Brasileiros responderam às perguntas da Agência Sindical: Como foi o ano para a classe trabalhadora? Qual a avaliação do governo Lula? O que esperar de 2024?
Segundo a Força, texto do presidente Miguel Torres, “foi o ano da reconstrução, após o desgoverno Bolsonaro, e de fortalecer o protagonismo da classe trabalhadora”. Para a Central, o governo Lula tem saldo positivo, “mas precisa avançar em várias questões, principalmente nas relativas ao mundo do trabalho”. A Força diz: “O governo avançou na igualdade salarial entre homens e mulheres. Mas os juros, que balizam o comércio, ainda estão altos”.
No ano que chega, afirma a Força, “queremos reforçar o protagonismo sindical, estimular a negociação coletiva, ampliar direitos, além de avançar na reindustrialização e no marco regulatório do Servidor Público”. A Central propõe “intensificar a luta por mais empregos e melhores salários, bem como valorizar a unidade de ação do sindicalismo”
CSB – Antônio Neto, presidente, afirma: “Fechamos a porta do inferno, mas ainda não chegamos ao paraíso. Tivemos conquistas importantes, como a retomada da Valorização do Salário Mínimo, a Lei de Igualdade de Gênero no local de trabalho, mas persiste a nefasta legislação trabalhista herdada dos governos Temer e Bolsonaro”.
Segundo a CSB, “o governo, ainda que de Frente Ampla, avançou ante a pauta que estava aí, que era precarizar o trabalho, desregular e da tese neoliberal ou direitos ou emprego”.
Diz Neto: “Louvo que o governo tenha buscado o entendimento tripartite na revisão da Reforma Trabalhista e pelos direitos dos trabalhadores em aplicativos. Mas, na ausência de acordo, esperamos que o governo arbitre”.
A CSB vê um recado histórico no Pacto Lula-Biden. “O país do liberalismo quer aprender com o nosso País como proteger trabalhadores, apesar do desmonte que fizeram na CLT”, observa.
A atuação de Luiz Marinho é elogiada. Para a CSB, “ele tem sido um ministro correto, coerente e corajoso ao enfrentar a turma do atraso – talvez o grande problema do governo seja a falta de uma maior coordenação”.
A expectativa quanto a 2024 é por mudanças na legislação trabalhista, a fim de valorizar a negociação coletiva. A CSB alerta: “Que saiam do papel e também possamos discutir com a sociedade um tema fundamental no próximo período, que é a redução da jornada de trabalho”.
MAIS – Sites da Força Sindical, CSB e Fepesp. No site da Agência Sindical, as respostas de Celso Napolitano, presidente da Federação dos Professores no Estado de SP.
Por Agência Sindical
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