Dados divulgados pelo IBGE nesta quarta (9) mostram que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, foi de 0,54% em janeiro. É o maior resultado para o mês desde 2016, quando marcou alta de 1,27%.
A alta dos preços dos alimentos e bebidas (1,11%) foi o que causou maior impacto. E nos últimos 12 meses, o IPCA acumula alta de 10,38%, acima dos 10,06% registrados nos 12 meses anteriores. “Toda essa inflação acumulada só mostra o descontrole do Governo Federal. Poderia ser implementada uma política de melhoria destes preços”, afirma Rodolfo Viana, economista responsável pela subseção do Dieese no Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos.
Ele ressalta que o aumento dos alimentos impacta ainda mais na classe trabalhadora. “É proporcional. Quanto menor a renda, maior o gasto da família com alimentação e bebidas”, esclarece o economista.
Dos grupos pesquisados, transporte foi o único a apresentar queda (-0,11%). Além da alimentação, os preços dos seguintes grupos aumentaram: artigos de residência (1,82%), vestuário (1,07%), comunicação (1,05%), despesas pessoais (0,78%), saúde e cuidados pessoais (0,36%), educação (0,25%) e habitação (0,16%).
Alimentação – Os produtos que mais impactaram na alta dos alimentos foram carnes (1,32%) e frutas (3,40%). Vale um destaque negativo para o preço do café, que aumentou pelo 11º mês consecutivo (4,75%), acumulando alta de 56,87% nos últimos 12 meses.
INPC – O Índice Nacional de Preços ao Consumidor, que calcula a inflação para famílias de baixa renda, teve alta de 0,67% em janeiro. É também a maior variação para o mês desde 2016, quando foi de 1,51%.
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Por Agência Sindical
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