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Inflação sobe e pobre sente impacto maior ainda

Segundo o economista Pedro Afonso Gomes, os alimentos subiram ainda mais que o IPCA

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15, que é a prévia da inflação oficial do Brasil, subiu 1,73% em abril. Maior alta do mês desde 1995 (1,95%). Agora, o acumulado dos últimos 12 meses chega a 12,03%, segundo o IBGE.

“Considero esse acumulado falso, principalmente para as pessoas mais pobres. Alimentos básicos aumentaram muito mais do que isso”, alerta Pedro Afonso Gomes, presidente do Conselho Regional de Economia em São Paulo (Corecon-SP).

Para o economista, a onda de alta se deve, principalmente, ao descontrole do governo na área agrícola. Ele observa: “O Brasil tinha, desde 1919, Estoques Reguladores de Alimentos não- perecíveis, o que ajudava a controlar preços. Mas, em 2019, o atual governo suspendeu essa política. Com isso, ficamos nas mãos dos produtores. O governo desprotegeu a população”.

Proteção – Pra tentar driblar o custo de vida, os trabalhadores, principalmente os mais pobres, têm que buscar opções. “Se puder, deixe ou reduza o consumo de determinado produto. Se não, busque substitutos mais baratos ou marcas diferentes. É uma forma de diminuir a conta final”, orienta o presidente do Corecon-SP.

Solução – Segundo Pedro Afonso, pouco se pode fazer pra conter a alta no custo de vida em pouco tempo. Ele critica: “O governo privilegia o sistema financeiro. Se quiser mudar, pode tentar voltar a ter os Estoques Reguladores, mas isso leva tempo e é difícil de ser efetivado”.

MAIS – Clique aqui e acesse os dados do IPCA-15

Por Agência Sindical

Jornal Imprensa Sindical

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