Sindical

Líder da UGT-SP vê pandemia agravar desmonte nacional

Mortágua (à direita) com Luiz Calor Motta, da Fecomerciários, e Ricardo Patah, da nacional. Foto: Agência Sindical

Amauri Mortágua, presidente da seção paulista da União Geral dos Trabalhadores, com quase 200 entidades filiadas, participou terça (11) da live da Agência Sindical. Comerciário de Tupã, ele integra a direção da Fecomerciários, a Federação da categoria.

Mortágua falou de ações em defesa da vida dos comerciários, de medidas pontuais e avaliou, negativamente, a postura do governo federal ante a Covid-19. Também criticou a inoperância  junto às micro e pequenas empresas, a quem o crédito não chega.

Ao responder a Ricardo Patah, presidente nacional da UGT, Mortágua falou também sobre abertura de escolas: “Se não seguir com rigor os procedimentos científicos, a reabertura vai ser um genocídio”.

 

PRINCIPAIS TRECHOS:

 

Essenciais – A pandemia afeta a todos, mas expõe muito mais os comerciários em atividade essencial, que são supermercados, farmácias e outros.

 

Protocolos – Trabalhadores de supermercados são bastante expostos, especialmente nas funções de mais contato com o público. A UGT participou com o governo do Estado na elaboração de protocolo. Os trabalhadores puderam contribuir.

 

Fiscalização – Há situações diferenciadas. Alguns lugares não têm como fazer fiscalização no Estado. No Município é mais fácil e muitos prefeitos conseguiram colocar mais fiscais em ação. Verdadeiros comandos foram mobilizados.

 

Testagem – Na área da saúde a testagem foi maior. Mas é difícil fazer em todo o comércio. Em Tupã, conseguimos que a Prefeitura e algumas empresas testassem comerciários que têm mais contato com os clientes. Dos 209 testes feitos, 208 deram negativo.

 

Governo – Houvesse uma diretriz firme, não teríamos chegado à situação de hoje. Para o isolamento social, é preciso garantir condições financeiras. Tem o Auxílio Emergencial, mas há pessoas que ainda nem receberam a primeira parcela. É necessário respaldo financeiro pra que as medidas tenham sucesso.

 

Escolas – Se os governos abrirem as escolas sem segurança científica pra isso, vão participar um genocídio. A criança compartilha seus pertences, até a máscara, e acaba levando o vírus pra dentro de casa.

 

Crédito – Em alguns países, o crédito a micro e pequenas empresas foi feito de forma direta, sem passar por banco. O Ministério da Economia poderia fazer pagamento direto. Cobramos o Congresso Nacional. Houve algumas iniciativas, mas com veto do Executivo. Os bancos privados entesouraram o dinheiro. Só Caixa e Banco do Brasil ajudam, dentro de limites.

 

Futuro – Precisamos garantir a renda mínima, pensando no pós-pandemia. Se não, mais empresas vão fechar, principalmente as pequenas, que são maioria no comércio e serviços.

Informalidade – O governo não empurra só o trabalhador pra informalidade. Sem crédito e sem apoio –  empurra para fora da margem da lei muitos pequenos negócios e empreendedores.

Nacional – A UGT, em âmbito nacional, atua de forma articulada com as demais Centrais, buscando soluções por meio do diálogo.

 

Clique aqui e assista à live na íntegra.

 

Mais – Acesse o site da UGT-SP.

 

Agência Sindical

Jornal Imprensa Sindical

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