Em São Paulo, grande parte da população viaja numa das seis linhas do metrô. No auge, antes da pandemia, eram cerca de quatro milhões de passageiros/dia.
No sindicalismo, todos conhecem o Sindicato dos Metroviários, entidade que representa uma das categorias mais essenciais da Grande São Paulo.
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Conquistas – A principal vitória política de 2021 foi conseguir manter a sede, que o governo do Estado queria retomar. “Foram meses de resistência, reuniões, pressão e articulações. As Centrais Sindicais ajudaram muito e Ricardo Patah, da UGT, especialmente. Os deputados Orlando Silva (PCdoB), Carlos Zaratini (PT) e Paulinho Pereira (Solidariedade) também se empenharam e têm nosso reconhecimento”.
Convenção – Para o Sindicato, uma grande conquista é a Convenção Coletiva de Trabalho. Por exemplo: ela garante pagamento de Vale-Alimentação e Vale-refeição, que, somados, dão cerca de R$ 1.500,00 ao mês, independentemente do salário – nas faixas mais baixas, representam a metade do salário de R$ 3 mil.
Acordo – Fajardo também valoriza a vitória judicial que garantiu a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho. “Pelo terceiro ano, com greve e atuação na Justiça, derrotamos a intransigência da direção da Companhia do Metrô. Eles recorreram ao TST, por efeito suspensivo, mas não conseguiram”. A data-base é maio.
Reintegração – Outra vitória importante se deu em outubro. A Justiça mandou reintegrar ao trabalho 39 metroviários que haviam participado da greve em 2019, contra a reforma da Previdência. O Metrô ainda foi condenado por assédio moral coletivo e prática antissindical. Apesar disso, a entidade dos trabalhadores e a empresa seguem em negociação para que os companheiros sejam reintegrados.
Frente – A resistência do Sindicato pra manter a sede e as articulações políticas junto a secretários de Estado, com apoio das Centrais Sindicais e deputados, são um capítulo à parte, que ainda precisa ser contado com detalhes, inclusive o vaivém dos bastidores. “A notícia de que conseguimos manter a sede foi muito bem recebida na base”, comenta Fajardo.
Alegrias – A dura vida sindical, incluindo a perda de colegas para a Covid-19, devido ao negacionismo governista, é compensada por alegrias. Wagner Fajardo conta: “Conseguimos vacina para os metroviários, pois somos categoria essencial, renovamos a Convenção Coletiva, reintegramos 39 companheiros, mantivemos a categoria unificada, estamos na luta contra Bolsonaro, sem abrir mão das bandeiras específicas da base, ampliamos nossa articulação política. Me sinto feliz por saber que a luta que a gente fez e faz não foi em vão.
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Por Agência Sindical
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