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Live do Diesat marca 30 anos da luta pelo banimento do amianto no Brasil

Transmissão contou com participações de representantes do MPT, Abrea e Cerest. Foto: Agência Sindical

Resgatar a luta pelo banimento do amianto e os desafios a serem enfrentados foram os objetivos da live quarta, 21, pelo Departamento Intersindical de Estudos e Pesquisas de Saúde e dos Ambientes de Trabalho. “Convidamos representantes da sociedade e atores que fazem parte dessa luta histórica”, explica Eduardo Bonfim, coordenador-técnico do Diesat.

 

Participaram o dr. Ubiratan de Paula Santos, pneumologista do Instituto do Coração; Fernanda Giannasi, da Abrea (Associação Brasileira dos Expostos ao Amianto); Luciano Lima Leivas, do Ministério Público do Trabalho; e Simone Alves dos Santos, diretora-técnica do Cerest Estadual.

 

O amianto é usado, principalmente, na fabricação de telhas e largamente empregado em residências populares e caixas d’água em residências. Cerca de metade das residências do País utiliza telhas compostas pela fibra mineral.

 

Eduardo diz que, em 2017, o Supremo Tribunal Federal proibiu o uso do amianto. Mas a decisão do STF não pôs fim à luta. E afirma: “Diversas questões persistem. Ainda há muito a se fazer”.

 

Saúde x Emprego – Apesar de banido judicialmente, empresas nacionais ainda exportam o produto. “Muitas vezes, a atividade é apoiada pela população local, que vê uma forma de sustentação financeira. Não pensam nos males que o manuseio do produto traz à saúde”, conta.

 

Segundo a Organização Mundial da Saúde, a substância causa mais de 100 mil mortes por ano. Todas as formas de amianto são cancerígenas. O principal câncer relacionado à toxina é o mesotelioma, que acomete o pulmão. É uma doença que pode demorar até 40 anos pra se manifestar a partir da exposição ao amianto e pode matar em cerca de um ano.

 

Consciência – Para conscientizar a população sobre o prejuízo do uso do produto, o Diesat realiza, em parceria com entidades como Abrae, Cerest e Ministério Público do Trabalho, campanha que já dura 30 anos. Bonfim explica: “Como os sintomas demoram a aparacer, o trabalhador não liga a doença à manipulação do produto feita por décadas”. A Abrea visita as cidades pra tentar conscientizar quem atua ou atuou com a manipulação do amianto.

 

Seminário – Em novembro, o Diesat realiza o 3º Seminário Internacional pra debater os desafios ainda existentes. A atividade é gratuita e aberta à população. Será em São Paulo.

 

Mais – Acesse o site do Diesat.

Por Agência Sindical

Jornal Imprensa Sindical

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