A doença que acometeu a cantora Ludmilla e a afastou dos palcos neste último fim de semana é a mesma que causa o maior número de faltas ao trabalho entre os brasileiros, segundo apontou o Ministério da Saúde. Trata-se da lombalgia, uma patologia que afeta milhares de jovens e adultos nas suas mais diversas idades e que é caracterizada pela presença de dores agudas na região lombar da coluna vertebral.
O médico ortopedista do Hapvida em João Pessoa, Rafael Lara, explica que vários fatores podem ocasionar a doença. “A lombalgia pode ocorrer por meio de processo degenerativo, no caso de quem tem artrose. Por sobrecarga, seja pela prática de atividade física como também pelo excesso de levantamento de peso que pode ocorrer no trabalho; postura inadequada por períodos prolongados, como pessoas que trabalham muito tempo sentadas ou em pé. Outra causa possível são as alterações no alinhamento da coluna, tipo escoliose, ou cifose. E muitas vezes, ocorre também pela falta de fortalecimento ou encurtamento da musculatura”, explica.
No caso de crianças, o especialista afirma que a doença pode ser ocasionada pela utilização de mochilas com peso acima do normal e também de forma mal ajustada, quando o posicionamento da coluna está fora do local ideal onde a mochila deve ficar.
O diagnóstico da lombalgia ocorre em nível clínico, ou seja, se dá através de exame físico, por meio de avaliação do alinhamento da coluna, de testes neurológicos, de força motora. O exame físico é fundamental para a identificação da doença. “Inicialmente temos a radiografia para poder identificar alguma alteração nas estruturas ósseas, e esses exames muitas vezes demonstram alterações das estruturas moles. Com isso, a gente complementa com a ressonância magnética que traz melhores informações em relação as estruturas moles, como disco intervertebral, medula e várias outras estruturas que não aparecem na radiografia”, explica.
É importante ressaltar que a doença atinge pessoas de diversas idades, do mais jovem ao mais velho e o tratamento ocorre por meio da utilização de analgésicos, anti-inflamatórios, corticoides e relaxantes musculares. Tudo com o intuito de aliviar as dores e promover uma melhoria na habilidade funcional. Além de tudo isso, a prática de atividade física auxilia no fortalecimento da musculatura ocasionando, assim, uma diminuição dos sintomas.
Dados – De acordo com informações da Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR), a lombalgia é uma doença extremamente comum e afeta mais pessoas do que qualquer outra patologia, sendo a segunda causa mais comum de consultas médicas gerais, perdendo apenas para o resfriado.
A SBR aponta também que entre 65% e 80% da população mundial desenvolve dor na coluna em alguma fase da vida, mas na maioria dos casos ocorre a resolução espontânea. Mais de 50% dos pacientes melhoram após uma semana; 90% após oito semanas; e, apenas, 5% seguem apresentando sintomas por mais de seis meses ou apresentam alguma incapacidade.
Problema de Ludmilla – A cantora de funk Ludmilla tem 24 anos e no último fim de semana ficou sem movimentos, sendo levada às pressas ao hospital em uma cidade paulista onde faria shows, com um quadro de lombalgia aguda. Ela tem três hérnias de disco.
Assessoria de Imprensa
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HAPVIDA
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