Brasil

Luiza Trajano: vacina tem que ser para todos, e não só para funcionário

Luiza Helena Trajano, presidente do conselho administrativo do Magazine Luiza (Lailson Santos/Divulgação)

A empresária Luiza Helena Trajano, presidente do Conselho da rede varejista Magazine Luiza e do Grupo Mulheres do Brasil, participou do programa Altas Horas, apresentado por Serginho Groisman, na noite deste sábado (10).

Serginho comentou sobre a campanha “Unidos pela vacina”, que prevê acelerar a imunização em massa da população e auxiliar o poder público na aquisição, distribuição e aplicação dos imunizantes em todo o país. A iniciativa, criada em setembro pelo Grupo Mulheres do Brasil, defende que o aumento de insumos e melhora da logística do Sistema Único de Saúde (SUS) são essenciais para que o Brasil consiga superar a pandemia.

Com o país sentindo cada vez mais a pressão causada pela falta de imunizantes, a Câmara deicidiu aprovar nesta semana o projeto de lei que permite a compra de vacinas contra a covid-19 por empresas sem a obrigatoriedade de doação total das doses ao SUS, permitindo que empresas possam comprar vacinas para imunizar seus funcionários.

Para Luiza, o grupo entende que não é o momento de comercializar vacinas, por se tratar de algo para todos. Em evento para o Grupo de Líderes Empresariais (LIDE), organização que reúne executivos de diferentes setores, a empresária afirmou que o foco do movimento é ajudar a acelerar o Programa Nacional de Imunização (PNI). “Não vamos comprar vacinas porque não tem vacina para vender. A dificuldade não é o dinheiro, mas a falta de vacina”

O movimento, que já conta com 1.500 voluntários, planeja várias frentes, como facilitar a aquisição e produção de insumos, como seringas e agulhas, e ajudar na fabricação dos imunizantes, com o auxílio na logística e solução de problemas da Fiocruz e do Instituto Butantan.

A empresária também reforçou a importância do SUS, que, segundo Luiza, é o melhor sistema de saúde do mundo. “Eu já defendo o SUS há quatro anos. Ele é preparado para um país com desigualidade social igual o que vivemos. Ele possui um problema de governança, que já acontece há muito tempo. Mas é perfeito em sua constituição”, afirma. Para Luiza, o órgão tem que deixar de ser político para ser um “órgão do governo”. “Saúde é saúde. Tem que ter continuidade”, conclui,

Serginho questionou a empresária sobre o cortejamento político que recebe. “Eu acredito que a mudança de um país acontece por meio da sociedade civil organizada. E por isso criamos o grupo. O único partido que tenho é o Brasil e nunca me filiei a partido algum”, respondeu a empresária. “Quando eu sou a favor do Bolsa Família eu sou de esquerda. Quando sou a favor de privatizar algo, sou de direita. Isso faz parte de quem se expõe.”

Após a entrevista, o ex-BBB Kleber Bambam, que também estava presente no programa, chamou a empresária de “agressiva”, após Serginho dizer que Luiza era uma “mulher forte”. “Ela é agressiva, né? Parabéns”, afirmou Bambam.

O comentário do ex-BBB foi visto por alguns internautas como uma fala machista, o que reproduziria o esteriótipo de mulher que possui uma opinião forte ser vista como agressiva.

Por Mariana Martucci

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