Além do documento, lançado na sexta-feira (11), o grupo convida a todos a participarem no dia 17 de Ato Virtual em Defesa de um Orçamento Justo para a Educação, às 18h, e a assinarem o abaixo-assinado online. Participe!
A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) se uniu a 16 Frentes Parlamentares do Congresso Nacional e 38 entidades e movimentos ligados à Educação para manifestar preocupação com todas as iniciativas que visem à desestabilizar o funcionamento das instituições de ensino, sejam elas de cunho orçamentário, ou em formato de ofensas à legislação.
Segundo o documento, lançado nesta sexta-feira,11 de setembro, a perspectiva de corte de R$ 1.882 bilhão no orçamento das chamadas despesas discricionárias para a educação, que envolvem o custeio e os investimentos, chama a atenção, sobretudo em um momento como o atual. “As duas agências de fomento da pesquisa no Brasil, CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), estão com seus orçamentos dependentes de créditos suplementares, o que pode comprometer o pagamento das bolsas em 2021. Além disso, não há espaço para a abertura de novas bolsas e os recursos de fomento, fundamentais para a estruturação das pesquisas seguem em vertiginosa queda.”
O grupo também marca posição em defesa da autonomia universitária e da nomeação de reitores e concursados, além de solicitar a imediata instalação da Comissão Mista de Orçamento e uma Comissão-Geral no Parlamento brasileiro para discutir os recursos para a Educação em 2021.
Os signatários convocam a todos a participarem, na próxima quinta-feira, 17 de setembro, às 18h, do Ato Virtual em Defesa de um Orçamento Justo para a Educação.
Para angariar apoio na sociedade civil, o grupo lançou ainda o abaixo-assinado “MANIFESTO EM DEFESA DA EDUCAÇÃO COMO DIREITO PÚBLICO” para quem quiser participar da luta em defesa de uma educação pública, gratuita e de qualidade no Brasil. A petição online está disponível neste link: http://bit.ly/defendaeducacao
Veja abaixo o manifesto na íntegra
MANIFESTO EM DEFESA DA EDUCAÇÃO COMO DIREITO PÚBLICO
16 Frentes Parlamentares do Congresso Nacional e 39 entidades e movimentos ligados à Educação vêm a público manifestar preocupação com todas as iniciativas que visem a desestabilizar o funcionamento das instituições de ensino, sejam elas de cunho orçamentário, ou em formato de ofensas à legislação.
A perspectiva de corte de R$ 1.882 bilhão no orçamento das chamadas despesas discricionárias para a educação, que envolvem o custeio e os investimentos, chama a atenção, sobretudo em um momento como o atual. As duas agências de fomento da pesquisa no Brasil, CNPq e Capes, estão com seus orçamentos dependentes de créditos suplementares, o que pode comprometer o pagamento das bolsas em 2021. Além disso, não há espaço para a abertura de novas bolsas e os recursos de fomento, fundamentais para a estruturação das pesquisas, seguem em vertiginosa queda.
Da mesma maneira que a educação liberta, o investimento em pesquisa, em ciência e tecnologia salva vidas. Tanto a produção de álcool líquido ou em gel e de máscaras de proteção- muitas delas já produzidas em impressoras 3D- quanto de respiradores, dependem de um comprometimento estatal muito grande. Assim é com o monitoramento do vírus e com os estudos que envolvem a tão aguardada vacina, para ficarmos apenas nesses exemplos.
Para o pós-pandemia, é inimaginável abrir mão de recursos que servirão para a reconstrução do país e para atender as demandas dos estudantes brasileiros já tão prejudicadas por esse ano letivo atípico. A vitória recente da histórica aprovação do Novo Fundeb no Congresso Nacional não nos permite descuidos na defesa da educação. No ano de 2019, estudantes das universidades, dos institutos federais e secundaristas foram às ruas de todo o Brasil insatisfeitos com a notícia dos cortes e contingenciamentos. Eles encabeçaram a luta pela permanência do orçamento e essa luta deve servir de inspiração para toda a sociedade.
Além de um orçamento justo para a pasta da educação, defendemos a autonomia universitária e a dos institutos federais, com a nomeação dos reitores eleitos em processo democrático e dos concursados. Faz-se necessária a imediata instalação da Comissão Mista de Orçamento do Congresso Nacional para discutir os recursos para a Educação para 2021 e de uma Comissão-Geral no Parlamento brasileiro para tratar o tema.
É imperioso investir, de maneira incisiva, na educação brasileira e garantir a valorização das universidades e institutos federais, de professores e técnicos e dos programas de permanência e assistência estudantil. É preciso, inclusive, ampliar esses investimentos para garantir conhecimento, ensino e desenvolvimento em favor da vida dos brasileiros e das brasileiras. Esse investimento é mais do que necessário também para a saúde pública, pois nas universidades estão 45 hospitais universitários que também fazem parte do Sistema Único de Saúde (SUS). Muitos deles são considerados os maiores e os melhores hospitais do sistema, onde- além do atendimento à população desenvolvem, através das pesquisas, novos procedimentos, novas tecnologias e inovações.
Um país que não fomenta a pesquisa e o ensino universal, não investe em ciência e tecnologia e não valoriza os profissionais de educação, é um país que não pensa em seu futuro. Conclamamos a sociedade brasileira, as instituições, os entes federados e os poderes constitucionais para que firmem um pacto e tenham na educação, e no compromisso com a garantia de recursos justos para a área, um valor inegociável. Quem ganhará é o Brasil.
As seguintes frentes parlamentares e as seguintes entidades assinam este manifesto e convidam todas e todos a participarem do Ato Virtual em Defesa de um Orçamento Justo para a Educação no dia 17/09/2020, às 18h.
Frentes:
– Frente Parlamentar de Apoio aos Conselhos Profissionais;
– Frente Parlamentar de Apoio aos Profissionais de Classe;
– Frente Parlamentar de Incentivo à Leitura;
– Frente Parlamentar em Defesa da Escola Pública e em Respeito ao Profissional da Educação;
– Frente Parlamentar em Defesa do Plano Nacional de Educação;
– Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos da População em Situação de Rua;
– Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos;
– Frente Parlamentar em Defesa dos Institutos Federais, Ciência e Tecnologia;
– Frente Parlamentar em Defesa dos Povos Tradicionais de Matriz Africana;
– Frente Parlamentar Mista da Agricultura Familiar;
– Frente Parlamentar Mista da Educação;
– Frente Parlamentar Mista de Promoção e Defesa dos Direitos da Criança e Adolescente;
– Frente Parlamentar Mista em Apoio aos Objetivos de Desenvolvimentos Sustentável da ONU;
– Frente Parlamentar Mista em Defesa das Organizações da Sociedade Civil;
– Frente Parlamentar Mista para Ampliação dos Cursos de Medicina;
– Frente Parlamentar pela Valorização das Universidades Federais;
Entidades e movimentos:
– ABALF – Associação Brasileira de Alfabetização;
– ABdC – Associação Brasileira de Currículo;
– ABEM – Associação Brasileira de Educação Musical;
– ABRAPEE – Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional;
– ABRAPEC – Associação Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências;
– ANDIFES – Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior;
– ANPAE – Associação Nacional de Política e Administração da Educação;
– ANPEd – Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Educação;
– ANPG – Associação Nacional dos Pós-Graduandos;
– APUBH – Sindicato de professores das universidades federais de Belo Horizonte, Montes Claros e Ouro Branco;
– ATENS-SN- Sindicato Nacional dos Técnicos de Nível Superior das IFES;
– Campanha Nacional pelo Direito à Educação;
– CEDES – Centro de Estudos, Educação e Sociedade;
– CNTE- Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação;
– CONTEE – Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino;
– CONEN – Coordenação Nacional de Entidades Negras;
– CONIF- Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica;
– FASUBRA- Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil;
– FDE – Fórum Distrital de Educação;
– FEERJ – Fórum Estadual de Educação do Rio de Janeiro;
-FENET – Federação Nacional dos Estudantes em Ensino Técnico;
– FEPE SC – Fórum Estadual Popular de Educação de Santa Catarina;
– FINEDUCA- Associação Nacional de Pesquisa em Financiamento da Educação;
– FNPE – Fórum Nacional Popular de Educação;
– FORPIBID RP – Fórum de Coordenação do Pibid e Programa Residência Pedagógica;
– Fórum Estadual de Educação do Pará ;
– Fórum Nacional dos Coordenadores Institucionais do Parfor/Forparfor;
– MAB – Movimento dos Atingidos por Barragens;
– MIEIB – Movimento Interfóruns de Educação Infantil do Brasil;
– Movimento Nacional em Defesa do Ensino Médio;
– Núcleo de Educação e Cultura do PT no Congresso Nacional;
– Observatório do Conhecimento;
– Proifes- Federação de Sindicatos de Professores e Professoras de Instituições Federais de Ensino Superior e Ensino Básico Técnico e Tecnológico;
– SBEnBio – Associação Brasileira de Ensino de Biologia;
– SBEM- Sociedade Brasileira de Educação Matemática
– SBPC – Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência;
– Sinasefe – Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica;
– UNE- União Nacional dos Estudantes;
– UBES – União Brasileira de Estudantes Secundaristas;
Deputadas e Deputados que assinam o Manifesto:
Afonso Florence (PT/BA)
Afonso Motta (PDT/CE)
Airton Faleiro (PT/PA)
Alencar Santana Braga (PT/SP)
Alessandro Molon (PSB/RJ)
Alexandre Padilha (PT/SP)
Alice Portugal (PCdoB/BA)
Arlindo Chinaglia (PT/SP)
Áurea Carolina (PSOL/MG)
André Figueiredo (PDT/CE)
Bacelar (PODEMOS/BA)
Benedita da Silva (PT/RJ)
Beto Faro (PT/PA)
Bira do Pindaré (PSB/MA)
Camilo Capiberibe (PSB/AP)
Carlos Veras (PT/PE)
Carlos Zarattini (PT/SP)
Célio Moura (PT/TO)
Danilo Cabral (PSB/PE)
David Miranda (PSOL/RJ)
Dionisio Marcon (PT/RS)
Edmilson Rodrigues (PSOL/PA)
Elias Vaz (PSB/GO)
Elvino Bohn Gass (PT/RS)
Enio Verri (PT/PR), líder do PT na Câmara dos Deputados;
Erika Kokay (PT-DF), coordenadora da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos;
Fernanda Melchionna (PSOL/RS)- presidenta da Frente Parlamentar de Incentivo à Leitura;
Frei Anastácio (PT/PB)
Glauber Braga (PSOL/RJ)
Gleisi Hoffmann (PT/PR)
Helder Salomão (PT/ES)
Henrique Fontana (PT/RS)
Idilvan Alencar (PDT/CE)
Ivan Valente (PSOL /SP)
Jandira Feghali (PCdoB/RJ)
João Daniel (PT/SE)
João H. Campos (PSB/PE)
Jorge Solla (PT/ BA)
José Airton Cirilo (PT/CE)
José Guimarães (PT/ CE)
Joseildo Ramos (PT/BA)
José Ricardo (PT/AM)
Júlio Delgado (PSB/MG)
Leonardo Monteiro (PT/MG)
Luiza Erundina (PSOL/SP)
Luiziane Lins (PT/CE)
Marcelo Calero (Cidadania-RJ)
Marcelo Freixo (PSOL/RJ)
Márcio Jerry (PCdoB/MA)
Margarida Salomão (PT/MG) – coordenadora da Frente Parlamentar pela Valorização das Universidades
Federais;
Maria do Rosario (PT/ RS) – presidenta da Frente Parlamentar Mista de Promoção e Defesa dos Direitos da
Criança e Adolescente;
Marília Arraes (PT/PE)
Mauro Nazif (PSB/RO)
Merlong Solano (PT/PI)
Natália Bonavides (PT/RN)
Nilto Tatto (PT/SP)
Odair Cunha (PT/MG)
Padre João (PT/MG)
Patrus Ananias (PT/MG)
Paulão (PT/AL)
Paulo Guedes (PT/MG)
Paulo Pimenta (PT/RS)
Paulo Teixeira (PT/SP)
Pedro Cunha Lima (PSDB/PB)
Pedro Uczai (PT/SC), presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Plano Nacional de Educação;
Professora Rosa Neide (PT/MT), presidenta da Frente Parlamentar em Defesa da Escola Pública e em Respeito ao Profissional da Educação;
Professor Israel (PV/DF), secretário-geral da Frente Parlamentar Mista da Educação;
Reginaldo Lopes (PT/MG)- presidente da Frente Parlamentar em Defesa dos Institutos Federais;
Rejane Dias (PT/PI)
Rogério Correia (PT/MG), presidente da Frente Parlamentar de apoio aos Conselhos Profissionais;
Rubens Otoni (PT/GO)
Rui Falcão (PT/SP)
Sâmia Bonfim (PSOL/SP), líder do PSOL na Câmara dos Deputados;
Tabata Amaral (PDT/SP)
Taliria Petrone (PSOL/RJ)
Túlio Gadelha (PDT/PE)
Valmir Assunção (PT/BA)
Vander Loubet (PT/MS)
Vicentinho (PT/SP)
Waldenor Pereira (PT/BA)
Wolney Queiroz (PDT/PE), líder do PDT na Câmara;
Zeca Dirceu (PT/PR), presidente da Frente Parlamentar Mista para Ampliação dos Cursos de Medicina;
Zé Carlos (PT/MA)
Zé Neto (PT/BA)
Senadoras e Senadores que assinam o Manifesto:
Cid Gomes (PDT/CE)
Eliziane Gama (Cidadania/MA)
Flávio Arns (PODEMOS/PR)
Humberto Costa (PT/PE)
Jaques Wagner (PT/BA)
Jean Paul Prates (PT/RN)
Leila Barros (PSB/DF)
Paulo Paim (PT/RS)
Paulo Rocha (PT/PA)
Plínio Valério (PSDB/AM)
Randolfe Rodrigues (REDE/AP), líder da oposição no Senado Federal;
Rogério Carvalho (PT/SE), líder do PT no Senado Federal;
Zenaide Maia (PROS/RN)
Clique AQUI e veja o manifesto em PDF
Por Jornal da Ciência
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