O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e a Universidade Federal da região (UFABC) se unem pra discutir estratégias que impulsionem a atividade industrial local. Segundo dirigentes sindicais, o que motivou essa parceria foi a falta de uma política central para buscar alternativas.
De acordo com o diretor dos Metalúrgicos do ABC, Aroaldo Oliveira da Silva, a entidade já atua há algum tempo neste sentido, diante da total ausência de política industrial e de incentivos setoriais. “Houve êxitos, mas muitas vezes, quando detectávamos que uma empresa estava em dificuldades, já não era mais possível fazer muita coisa”, afirma Aroaldo.
O dirigente lembra: “Organizamos forças-tarefas, grupos de trabalho pra mapear empresas, processos produtivos, produtos, grau de inovação, de Pesquisa e Desenvolvimento e até mesmo gestão financeira, mas notamos que era insuficiente”.
União – Agora, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC se uniu à Universidade Federal da região. Segundo a instituição de ensino, essa parceria prevê a formação de dirigentes e, em um segundo momento, um diagnóstico das indústrias da região na base metalúrgica. Com isso, será apresentado o Programa de Reconversão Industrial.
Segundo Aroaldo Oliveira da Silva, a universidade já conta com uma agência de inovação, a InovaUFABC, cujo diretor adjunto, Fábio Ferreira, participou da assinatura do convênio. O dirigente sindical pensa em alternativas além do setor automobilístico.
“Há possibilidades, algumas criadas devido à pandemia, como o debate sob a criação de um complexo industrial da saúde”, informa o metalúrgico. “Muitas empresas da categoria têm capacidade pra essa reconversão. Mas não é só nessa área. É possível retomar no ABC as discuções sobre o complexo industrial da defesa, área que ainda tem muitas lacunas do Brasil, além da indústria do petróleo e do gás”, diz Aroaldo.
O diretor dos Metalúrgicos do ABC avalia que, com esse esforço, é possível pensar no futuro da região com base na capacidade produtiva e na mão de obra. “Podemos dar um salto para o futuro, criar outras possibilidades, desenvolver outros setore industriais”, conclui.
MAIS – Acesse o site dos Metalúrgicos do ABC.
Por Agência Sindical
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