Sexta (28), trabalhadores da ativa e aposentados farão passeata no Centro de SP, em defesa do salário mínimo e dos valores das aposentadorias, bem como de outros benefícios previdenciários. O ato responde à provocação do ministro Paulo Guedes, da Economia, que insinuou desindexar o mínimo da reposição pelo INPC.
A Agência Sindical ouviu a dra. Tonia Galleti, que é professora de univrsitária e advogada do Sindicato Nacional dos Aposentados da Força Sindical (Sindnapi).
Principais trechos:
110 MILHÕES – “A conta ligada ao salário mínimo afeta um número imenso de pessoas. Considerando-se os da ativa, aposentados, pensionistas, BPC, urbanos e rurais, informais e intermitentes, cerca de 110 milhões de brasileiros recebem salário mínimo ou até um mínimo”.
APOSENTADOS – “Cerca de 69% dos aposentados e pensionistas recebe apenas salário mínimo. O mínimo tem inequívoco caráter alimentar e mesmo assim é insuficiente pra garantir esse alimento. Pra uma pessoa, hoje, precisaria ser em torno de R$ 1.800,00”.
INFLAÇÃO – “A reposição pelo INPC é vital a essa massa de brasileiros. Embora, na prática, a inflação dos alimentos seja superior a esse índice. Os idosos usam também remédio e outros recursos médicos cujos preços superam a inflação medida pelo INPC”.
CONSTITUIÇÃO – “A alteração proposta pelo ministro de Bolsonaro agride profundamente a Constituição. No Capítulo da Seguridade Social está garantido a todos os benefícios que substituem a renda do trabalho valor recomposto pela inflação. A Constituição não veda aumentos acima. Mas abaixo da inflação não pode”.
DESMONTE – “A intenção anunciada é mais um gesto do governo atual pelo desmonte de garantias constitucionais. Há certos países em que, devido a crises, direitos importantes são mexidos, mas depois retornam. Aqui, não. Aqui, retirados do texto da lei ou da Constituição, eles não retornam mais”.
RETOMADA – “Inaceitável desindexar e pior ainda retirar da Constituição esses direitos. Ao contrário. Devemos retomar a política de valorização do salário mínimo, que elevou o patamar de renda e abriu um ciclo de vida mais digna a milhões de brasileiros”.
MAIS – Dra. Tonia Galetti (11) 3293.7500 ou site do Sindnapi.
Por Agencia Sindical
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