Centrais Sindicais, Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI), Confederação das Mulheres do Brasil (CMB) e entidades dos movimentos sociais realizam nesta sexta (29), em São Paulo, o ato “Mulheres Unidas Contra a Reforma da Previdência e Todo Tipo de Violência”.
O ato será em frente à Superintendência do INSS, no Viaduto Santa Efigênia, região central da capital, a partir das 14 horas. Em seguida, haverá caminhada até o Teatro Municipal. O objetivo é mobilizar a sociedade contra o ataque da reforma de Bolsonaro às aposentadorias, que atinge principalmente as mulheres.
Kátia Rodrigues, diretora da Mulher da Nova Central SP, disse à Agência Sindical que a mobilização vai unir mulheres e homens na defesa dos direitos. “Nós, mulheres, seremos as mais sacrificadas pela proposta de Bolsonaro. Precisamos estar unidas para combater esse ataque. Convidamos também os homens. A união é fundamental”, afirma.
“A mídia está apavorada com a possibilidade das brasileiras repudiarem cada vez mais o governo Bolsonaro e suas reformas. Por isso, tenta direcionar os protestos apenas contra a violência, em particular o feminicídio. Somos contra toda forma de violência, entre elas a reforma da Previdência”, afirma Gláucia Morelli, presidente da CMB.
Eliane Souza, presidente da Federação das Mulheres Paulistas, reforça: “Estamos convidando todas as entidades ao ato. Ou nos unimos ou seremos derrotados”.
Maldades – Segundo Nota Técnica do Dieese, se comparadas às regras atuais, as medidas propostas pelo governo exigirão mais sacrifício da mulher que do homem.
O texto da PEC 6/2019 aumenta o tempo mínimo de contribuição de 15 para 20 anos. A idade mínima para a mulher se aposentar sobe pra 62 anos. Os professores passarão a ter idade mínima de 60 anos em ambos os sexos. O tempo de contribuição (hoje 25 anos para mulher e 30 homem) será de 30 anos para todos.
A PEC também propõe restringir valores e atuais regras de acesso às pensões por morte, ao acúmulo de benefícios e ao BPC. Em todas essas situações, as mulheres são o público majoritário e serão, por isso, mais atingidas.
Agência Sindical
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