Grave crise econômica e pandemia da Covid-19 jogam o sindicalismo na defensiva. Não. Não é bem assim. Ricardo Patah, presidente dos Comerciários de São Paulo e da UGT, mostra ações sindicais e políticas que colocaram o movimento na linha de frente das lutas e da resistência.
Ele falou com exclusividade à Agência Sindical nesta sexta (11).
TRECHOS PRINCIPAIS:
• Covid-19 – “Na base do nosso Sindicato, firmamos protocolos inéditos. Por exemplo, o fornecimento de máscaras, álcool gel e divisórias de acrílico nos supermercados e estabelecimentos congêneres. Também asseguramos o controle nos acessos”.
• Emprego – “Realizamos o 5º Mutirão do Emprego, em São Paulo, com diversas entidades e grande número de empresas, que disponibilizaram vagas. Ao todo, nos enviaram 300 mil currículos. Também propiciamos cursos de formação, em parceria com o Sistema S”.
• Indústria – “Atuamos com várias entidades para a reconversão industrial em Ibitinga, importante polo de confecções no Interior paulista. As empresas, afetadas pela pandemia, puderam fabricar máscaras, manter a produção e preservar empregos”.
• Transporte – “O transporte é vetor de contaminação. A UGT e o Sindicato da categoria cuidaram, rapidamente, de garantir as divisórias de acrílico entre cobrador e passageiro, reduzindo as chances de contaminação pelo novo Coronavírus”.
• Motoboys/APP – “A pandemia expôs ao mundo a precariedade das condições de trabalho dos entregadores, via aplicativos. A categoria fez greve em julho. A UGT e os Sindicatos filiados ajudaram a organizar o movimento e apoiaram a paralisação dos companheiros”.
• Carrefour – “A UGT e outras entidades debateram com a direção da empresa mudanças em seu quadro de segurança, propiciando mais treinamento e formação. A ideia é criar um Comitê Sindical, no padrão europeu, para tratar das relações trabalhistas e evitar tragédias como a de Porto Alegre, onde um cliente negro foi agredido e veio a falecer”.
• Outros – Ricardo Patah também destaca a articulação junto ao Congresso Nacional. Dois fatos importantes: garantiu-se o Auxílio Emergencial de R$ 600,00 – Bolsonaro queria R$ 200,00, quando muito; e se derrubou o veto do presidente da República à continuidade da desoneração da folha de pagamento.
No terreno da ação sindical, o dirigente cita a realização de módulos virtuais pró-sindicalização nas Regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste. Em parceria com o Solidariedade Center, ligado à AFL-CIO, principal Central nos Estados Unidos e Canadá.
MAIS – Sites da UGT e dos Comerciários de SP
Por Agência Sindical
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