A dinâmica do Congresso quase sempre é movimentada do Executivo para o Legislativo. Portanto, Presidentes fortes costumam ter mais influência junto à Câmara e ao Senado.
A observação é do consultor parlamentar Antônio Augusto de Queiroz, o Toninho do Diap, entidade que integrou por mais de três décadas.
Fotografia – “Hoje, Lula tem apoio consistente de 140 deputados. Há 214 na oposição formal. Ao lado disso, ele teria apoio condicionado de 159 nomes, negociando cada matéria”, explica o consultor. A Câmara possui 513 deputados. No Senado, a correlação é parecida: 15 apoios consistentes, 32 que podem apoiar mediante condições e 34 na oposição.
Toninho explica: “O Congresso que assume em janeiro é ainda mais conservador que o atual. Por outro lado, haverá um Presidente da República forte e um Lula mais experimentado”. Caso Bolsonaro continuasse, avalia o consultor, “seria uma tragédia, devido às pautas conservadoras por parte do governo.”
Vários parlamentares, hoje na oposição formal ao Presidente eleito, no passado já atuaram na base de Lula. Toninho diz: “A força de Lula, sua experiência e mesmo as relações com esses parlamentares tendem a trazê-los mais para o centro”. Ele acredita que o bolsonarismo-raiz fique em torno de 1/3 dos congressistas.
Sindicalismo – Não é positivo o saldo recente das relações sindicalismo-Congresso, que aprovou reformas neoliberais e cortou direitos. Para Antônio Augusto de Queiroz, o ativismo sindical no Parlamento tende a crescer. Mas, observa, “é preciso foco bem definido, como na proibição das bombas que desempregariam os frentistas e o Piso da Enfermagem”.
MAIS – Toninho (61) 9981.3720. Ou na Queiroz Assessoria (61) 3225.1804.
Por Agência Sindical
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