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Petroleiro busca segurança, direitos e tenta evitar desmonte do sistema Petrobras

Adaedson Costa é secretário-geral da Federação Nacional - FNP. Foto: Agência Sindical

Na terça, dia 4, a live da Agência Sindical recebeu Adaedson Costa, diretor do Sindicato na Baixada Santista e secretário-geral da Federação Nacional dos Petroleiros – FNP.

O dirigente criticou a falta de empenho da empresa com a saúde dos trabalhadores durante a pandemia, reclamou da falta de diálogo para se prorrogar a Convenção Coletiva e deixou no ar o alerta: o sistema Petrobrás sofre um contínuo processo de esquartejamento, com a venda de ativos e setores, que, na prática, transferem fatias do mercado para o comprador.

TRECHOS PRINCIPAIS:

 

Covid-19 – Muitos casos nas refinarias e plataformas. Os primeiros números indicavam que nos terminais teriam número maior de casos. Onde houve descaso e negligência pela empresa, ocorreram surtos. No Litoral Paulista ocorreu tanto no mar, quanto no refino.

 

Segurança – Quando começou a pandemia, solicitamos reuniões com gestores por medidas de proteção aos trabalhadores. A Petrobras montou a Equipe de Organização e Resposta, sem participação de trabalhadores. Agimos, fizemos e distribuímos máscaras aos companheiros. E fomos processados pela empresa por colocar o logo BR.

 

Óbitos – Levantamento não é oficial. Fizemos pelo Departamento de Saúde da Federação, em conjunto com os Sindicatos. Chegou-se a 13 trabalhadores mortos. Não podemos dar certeza.

 

PIB – A Petrobras chegou a representar 11,75% do PIB nacional. Em meados de 2008 e até 2014, a empresa foi em grande parte a principal ferramenta de desenvolvimento do País.

 

Pré-sal – O brasileiro merece entender o que foi o desafio da descoberta do Pré-Sal. Hoje, extraímos óleo dos campos até cinco quilômetros de profundidade. Com o mesmo custo da Arábia Saudita, que extrai a dois ou três metros de profundidade.

 

Privatização – Ativos da Petrobras estão sendo vendidos a preço de banana. Plataformas foram vendidas pelo preço equivalente a um dia da sua produção.

 

Campanha Salarial – Mais que defender empregos, defendemos a soberania do Brasil. A questão é desenvolvimento, porque a Petrobras traz empregos. Combatemos a privatização. Pedimos a prorrogação do nosso Acordo Coletivo enquanto houver a pandemia. Não pleiteamos reajustar salários ou resgatar perdas inflacionárias.

 

Supersalários – Na base, arrocho. Na cúpula, os salários só aumentam pra diretoria e gerência executiva. O presidente da Petrobrás recebe, por ano, cerca de R$ 1,8 milhão. Querem aumentar esse salário em mais R$ 400 mil. Por mês.

 

Live – Clique aqui e assista a entrevista na íntegra.

 

Mais – Acesse o site da FNP.

 

Agência Sindical

Jornal Imprensa Sindical

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