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Petroleiros preparam greve contra fechamento de fábrica no Paraná

Petroleiros fazem greve em frente a refinaria da Petrobrás em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro - Mauro Pimentel - 30.mai.18/AFP

Os trabalhadores da Petrobras estão mobilizados e preparam greve nacional, a partir de 1º de fevereiro, contra o fechamento da Fafen, fábrica de fertilizantes localizada em Araucária, no Paraná, e pelo respeito à negociação coletiva da categoria.

Com a desativação da unidade, que emprega em torno de 600 trabalhadores terceirizados, além dos 396 diretos, cerca de mil postos de trabalho serão extintos.

Agência Sindical falou com Gerson Luiz Castellano, secretário de comunicação da Federação Única dos Petroleiros e diretor do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Petroquímicas do Paraná (Sindiquímica-PR).

O dirigente conta que não houve qualquer negociação com o Sindicato, pra discutir o destino dos funcionários. “A categoria tomou conhecimento da situação pela imprensa. Só então, fomos formalmente comunicados sobre o fato”, afirma.

Na última terça (21), trabalhadores e dirigentes do Sindiquímica-PR ocuparam a entrada da empresa, também conhecida como Araucária Nitrogenados, em protesto contra o fechamento da unidade e a fim de impedir a retirada de equipamentos.

“O que estão fazendo é um ensaio pra demitir em massa em todo o sistema Petrobras. Nossa resposta tem que ser na luta, pra reverter as demissões e impedir que se alastrem às demais unidades da empresa”, afirma o sindicalista.

Castellano alerta que a Petrobras também negocia a venda da Refinaria Presidente Getúlio Vargas e da Usina do Xisto, ambas no polo de Araucária. As duas integram o pacote de oito refinarias que a direção da estatal pretende privatizar.

As demissões em massa anunciadas quebram o Acordo Coletivo de Trabalho e o termo assinado no Ministério Público do Trabalho (MPT), no qual a empresa se compromete a não demitir em massa durante cinco anos, sem negociação prévia com os Sindicatos.

“Não assistiremos de braços cruzados ao desmonte promovido pela gestão da Petrobras, que quer demitir e extinguir direitos. Não iremos recuar”, avisa Castellano.

Paralisação – Até amanhã (28), haverá assembleias para que os petroleiros se posicionem sobre o indicativo de greve. No dia 29, a Federação Única dos Petroleiros volta a reunir seus Sindicatos, a fim de definir os próximos passos do movimento.

Agência Sindical

Jornal Imprensa Sindical

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