A Agência Sindical não apoia candidaturas. Mas, por atuar na imprensa sindical, não há como deixar passar batido o projeto radicalmente neoliberal de Jair Bolsonaro (PSL) para os trabalhadores e o movimento sindical.
Ao mundo do trabalho, ele reserva 113 palavras, do total das 8.453 que formam seu Plano de Governo. Seguem:
“ECONOMIA – Modernização e Legislação Trabalhista. Criaremos uma nova Carteira de Trabalho verde e amarela, voluntária, para novos trabalhadores. Assim, todo jovem que ingresse no mercado de trabalho poderá escolher entre um vínculo empregatício baseado na Carteira de Trabalho tradicional (azul) – mantendo o ordenamento jurídico atual -, ou uma Carteira de Trabalho verde e amarela (onde o contrato individual prevalece sobre a CLT, mantendo todos os direitos constitucionais).
Além disso, propomos a permissão legal para a escolha entre Sindicatos, viabilizando uma saudável competição, que, em última instância, beneficia o trabalhador. O Sindicato precisa convencer o trabalhador a voluntariamente se filiar, através de bons serviços prestados à categoria.
Somos contra o retorno do Imposto Sindical.”
Veneno – O Plano do extremista injeta três gotas de veneno na caixa d’água: 1) Pluralidade sindical; 2) Carteira de Trabalho pra agasalhar a precarização; 3) Veto ao Imposto Sindical.
Por estarmos numa época em que se exalta o armamento civil, não custa advertir: tem voto que é tiro no pé, tem voto que é tiro no peito.
A escolha é minha, sua, de todos nós.
SP 26/10/2018
João Franzin – Jornalista e coordenador da Agência Sindical
Imagem: Agência Sindical
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