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Privatização da Sabesp motiva protesto hoje

Profissionais dos setores de saneamento e energia elétrica protestam na manhã de hoje (14) na Bolsa de Valores de SP contra a privatização da Sabesp. Durante o Fórum Econômico, na Suíça, o governador Tarcísio de Freitas reafirmou intenção de entregar à iniciativa privada a empresa paulista de água e saneamento.

A desculpa de que seria necessário privatizar pra poupar cofres públicos não cola. A Sabesp, de capital misto, paga cerca de R$ 500 milhões em dividendos ao governo paulista, que detém maioria das ações. Nas últimas duas décadas, os acionistas privados receberam R$ 8,1 bi.

Custos  – O presidente do Sintaema-SP, José Antonio Faggian, informa que, em reunião com o presidente da Sabesp, André Saucedo, este reafirmou intenção de privatizar. Governo quer apresentar o relatório que avaliza a venda durante os primeiros 100 dias da atual gestão.

Faggian alerta: se for privatizada, a Sabesp vai se concentrar só no “filé mignon” do setor – grandes municípios, densamente povoados, com infraestrutura de água e esgoto já instalada. As tarifas devem subir.

Mais grave, segundo ele, é que a empresa deve reduzir investimentos em universalização dos serviços em pequenos municípios e áreas periféricas. Para Faggian, que é biólogo e trabalha na Sabesp há 24 anos, a precarização dos serviços de água e esgoto aumenta “doenças de veiculação hídrica”, como cólera, hepatite etc. O presidente do Sintaema fala de outras preocupações. “Quando empresas públicas são privatizadas, muitos perdem empregos. Quem fica acaba sem os direitos e benefícios que a categoria construiu historicamente”, alega.

 

A privatização saneamento vai na contramão de resolução de ONU, em 2010. A ONU entende que acesso a água limpa e esgoto tratado é direito de todos, independentemente das condições financeiras da pessoa. Deputados da Assembleia Legislativa de SP reativaram a frente parlamentar contra a privatização da Sabesp.
Engenheiros – Murilo Pinheiro, presidente do Sindicato dos Engenheiros no Estado de São Paulo, afirma: “Nada justifica a venda da companhia, que é eficiente e lucrativa”.

 

MAIS – Acesse o site dos Engenheiros do Sintaema.

Por Agência Sindical

Jornal Imprensa Sindical

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