Trabalhadores da indústria bélica Avibras estão há seis meses sem receber. A empresa, no Vale do Paraíba, SP, está em recuperação judicial há um ano. Emprega cerca de 1.400.
A Avibras é uma das principais empresas nacionais de defesa. Grupos da Alemanha e Emirados Árabes demonstram interesse na aquisição.
Sem salário, profissionais especializados, que participam até de programas estratégicos das Forças Armadas, recorrem ao trabalho informal, denuncia o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região.
A entidade enviou carta ao Presidente Lula, Ministérios da Defesa e do Desenvolvimento, bem como ao Comando do Exército, solicitando reunião pra discutir o futuro da Avibras e dos trabalhadores.
Sindicato – Presidente do Sindicato, Weller Gonçalves, defende ação pelo governo. “Precisamos de medidas urgentes pra que os funcionários voltem a receber salários e direitos. Não podemos continuar nesse estado. Estamos falando de uma das mais importantes indústrias do País”, alerta.
O ministro da Defesa, José Múcio, já se reuniu com o presidente da Avibras, João Brasil Carvalho Leite, e pediu ao empresário manter a empresa sob controle de capital nacional.
Terça (11), trabalhadores protestaram na Feira Internacional de Defesa e Segurança (LAAD Defence & Security), no RioCentro, RJ. A empresa participa da feira, considerada a mais importante do setor de Defesa na América Latina.
Na avaliação de Murilo Pinheiro, presidente do Sindicato dos Engenheiros no Estado de SP e da Federação Nacional, é urgente que se encontre uma solução que preserve os direitos dos trabalhadores e leve em conta a importância estratégica da empresa para a soberania, a engenharia e tecnologia nacionais. Ele diz: “É preciso manter o seu capital intelectual e capacidade de desenvolvimento no Brasil, descartando a hipótese de venda para controlador estrangeiro”.
Centrais – Dia 11, Centrais Sindicais divulgaram Nota contra a entrega da Avibras ao capital estrangeiro. A venda, alegam, representaria “grave ameaça à soberania nacional, com perigosa transferência de elevada tecnologia para capital privado internacional”.
Nota – Clique aqui e leia.
Por Agência Sindical
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