Sindical

Sergião, melhor amigo, fala de Laerte, 70 anos hoje

Sérgio Gomes (Oboré) e João Franzin (Agência Sindical). Originais de Laerte, ao lado

Laerte Coutinho completa hoje 70 anos. Foi chargista do movimento sindical durante longos anos e suas criações são até hoje insuperáveis. Em 1986, pela Oboré, publicou o álbum Ilustração Sindical, com mil trabalhos relacionados às lutas dos trabalhadores e das entidades. Liberou o uso das charges para o sindicalismo.

Anos atrás, mudou sua orientação sexual. Hoje, é a Laerte. O gesto reafirma o caráter audaz da pessoa humana e do artista brasileiro mais produtivo da atualidade.

A Agência Sindical publica, com frequência, suas ilustrações. O sindicalismo deve muito à sua obra.

Mas quem fala de Laerte é Sérgio Gomes, jornalista, dirigente da Oboré, seu melhor amigo. “Não consigo entender minha vida sem ‘o’ Laerte”, diz Sergião, que tem permissão pra usar o artigo no masculino.

                                               PRINCIPAIS TRECHOS:

SENSIBILIDADE – Nunca deixa de se colocar no lugar no outro e sempre do lado dos de baixo. Em tudo o que faz tem uma sacada filosófica ou poética.

CORAGEM – É a pessoa mais corajosa da nossa geração.

SOLIDARIEDADE – É solidário de verdade. Está sempre em estado de graça.

CRIATIVIDADE – Quando o conheci, em 1970, ele desenhava, escrevia, esculpia, tocava piano, era bom bailarino. Como um Chaplin. Ainda hoje, toca e compõe.

AMIZADE – Entrei na ECA-USP em 1970. Laerte recepcionou os calouros. No Centro Acadêmico, ajudou a organizar a imprensa universitária. Fundou a Revista Balão, aberta à geração de novos chargistas.

SINDICATO – Em 1972, fomos fazer campanha de sindicalização dos Têxteis de SP. Trocamos a linguagem pomposa pela fala simples que ouvíamos dos trabalhadores do curso noturno. Ainda hoje, é o chargista mais publicado pela imprensa sindical.

TRABALHO – Laerte trabalha muito, de domingo a domingo. Publica na Folha, em outros veículos e nas redes sociais.

OBORÉ – Laerte Coutinho é o verdadeiro fundador da Oboré, em março de 1978. A ideia surgiu de uma conversa dele com Lula, que era um dirigente sindical em ascensão.

MAIS – No site da Agência Sindical.

Por Agência Sindical

Jornal Imprensa Sindical

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