Apesar da recessão e dificuldades impostas pelo patronato, várias categorias têm conseguido avançar nas campanhas salariais. É o caso dos trabalhadores no setor de Refeições Coletivas do Estado de São Paulo. A Agência Sindical entrevistou Paulo Ritz, que preside o Sindicato em Campinas e a Federação da categoria. Enquanto presidente da Fetercesp, ele coordenou as negociações, cujos efeitos se aplicam a partir de 1º de junho.
ACORDO
Mantidas as garantias da Convenção Coletiva setor de cozinhas industriais. Cerca de 60 mil abrangidos.
Salário – Reajuste de 8,5% retroativo a 1° de junho, mais 3,13% em janeiro. Somado, 11,9%.
Cesta básica – Em junho, R$ 187,00 retroativos ao dia 1°. Aumentou 20%. Em janeiro, chega a R$ 193,41. Outro avanço foi vincular a cesta ao valor do Piso da categoria – este ano, 12%; ano que vem, 13%. Ou seja, após o reajuste do Piso, a cesta recebe mais 1%, chegando a 13%. Meta é subir um ponto por ano.
Vale-refeição – Valor atual: R$ 27,20.
Validadade – Cláusulas sociais e mistas da Convenção vão valer por dois anos.
Adicionais – Segundo Paulo Ritz, segue a busca pelo pagamento do Adicional de Insalubridade. “Cozinha é lugar muito quente e ao mesmo tempo frio. Mas não conseguimos avançar nesse tema”.
Periculosidade – Adicional pago onde a cozinha esteja junto a locais de risco. Portanto, varia conforme a empresa ou o local onde estiver posicionada a cozinha.
Mercado – Segundo o dirigente da Federação, “após a pandemia, o setor começa a se normalizar, especialmente o de refeição escolar, paralisado enquanto as aulas estiveram suspensas”.
Refeição escolar – Emprega cerca perto de 30 mil. Data-base, 1º de agosto.
MAIS – Site da Fetercesp.
Por Agência Sindical
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