SINAIT e Força Sindical tratam da inspeção do trabalho e de pautas do serviço público
O encontro foi uma oportunidade para agradecer o apoio em prol da realização do concurso
Na manhã desta quarta-feira, 5 de julho, o presidente do SINAIT – Sindicato dos Auditores Fiscais do Trabalho, Bob Machado, e a diretora da entidade Rosa Maria Campos Jorge se reuniram com o presidente da Força Sindical, Miguel Torres. A reunião contou ainda com a presença do presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região, Gilberto Almazan. O encontro ocorreu na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores Metalúrgicos, em Brasília.
Bob Machado agradeceu à Força Sindical pela parceria nas lutas sindicais, dentre elas, o apoio para a realização do concurso para o cargo de Auditor-Fiscal do Trabalho. O certame é a maior seleção anunciada para a carreira. Atualmente, o déficit de Auditores chega a quase 50% dos cargos autorizados, e apenas 1.940 servidores respondem pela fiscalização trabalhista no país.
“Conseguimos este resultado com apoio da centrais. Este concurso é importante para os trabalhadores, porque o capital só se movimenta com a presença do Estado para o cumprimento da legislação. Entendemos que este anúncio é uma demonstração clara do Governo de que há uma preocupação prioritária com o mundo do trabalho e com o trabalhador, e é isso que precisamos garantir”, pontuou Machado.
Para o presidente do SINAIT, a interlocução das entidades favorece o diálogo e fortalece o movimento sindical. “Precisamos estar unidos e reverter as demandas que prejudicam o trabalhador como a reforma trabalhista. Oferecemos nosso apoio ao movimento sindical, temos um compromisso de agradecimento e de luta”, disse Bob Machado.
Os dirigentes ainda debateram a importância de a Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo (Conatrae), atualmente ligada ao Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDH), voltar a ter vínculo com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Veja aqui Carta aberta à sociedade sobre o tema. Na ocasião, os dirigentes explicaram que o Ministério do Trabalho tem uma capilaridade bem maior, que permitiria uma ampla capacidade de atuação da Comissão.
A diretora Rosa Jorge defendeu a transferência. Além de analisar que, independentemente de tudo que se relaciona ao ser humano ser direito humano, no que se refere ao combate do trabalho escravo, as especificidades das ações estão vinculadas ao Ministério do Trabalho e Emprego. “É importante destacar que a ideia é levar a Comissão para dentro do Ministério do Trabalho, por ser realmente a área técnica responsável, e o Ministério dos Direitos Humanos continua integrando e participando efetivamente da Comissão para o desenvolvimento de um bom trabalho”, explicou.
O presidente Miguel Torres concordou com a argumentação de que o Ministério do Trabalho tem melhores condições para expandir as atividades da Conatrae e completou que “o concurso público vai potencializar as ações de combate ao trabalho escravo”. Torres ainda informou que a Força Sindical já está em contato com os ministérios e já visitou 19 das 37 pastas para tratar das pautas coletivas ao movimento sindical.
Os dirigentes discutiram também a capacidade de representação e mobilização, o financiamento das entidades, tanto da iniciativa privada, quanto do serviço público, a importância de lutar pela revisão da reforma trabalhista, as dificuldades a serem enfrentadas no Congresso Nacional, entre outros pontos.
Por Cristina Fausta
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