Dirigentes de Centrais Sindicais se reuniram ontem (14) no Dieese, em São Paulo, para afinar os detalhes da Assembleia Nacional, dia 20 de fevereiro (quarta próxima), na capital paulista, em defesa da Previdência Social. O ato, na Praça da Sé, terá a presença das mais diversas categorias profissionais, do campo e cidade.
Dirigentes que conversaram com a Agência Sindical disseram que o evento vai marcar a retomada da luta contra a supressão de direitos. Há receio de que o projeto que Bolsonaro enviará ao Congresso seja muito duro, como sinaliza o texto divulgado na mídia.
“É um reinício de mobilização. As informações passadas na reunião mostram que a organização está correndo bem, faltando fechar apenas detalhes”, adianta o metalúrgico João Cayres, secretário-geral da CUT-São Paulo.
Ele explicou que as providências finais serão definidas segunda (18), às 15 horas, no Dieese. Conforme o dirigente, a expectativa é reunir 10 mil pessoas na Sé. “Além de lideranças dos movimentos sociais, devem participar Servidores paulistanos em greve contra a reforma da previdência municipal”, diz.
“Essa luta precisa ser de toda a sociedade e não apenas dos trabalhadores com Carteira assinada”, argumenta João Carlos Gonçalves (Juruna), secretário-geral da Força Sindical.
O dirigente informa que no ato será votado documento que explicita a visão do sindicalismo sobre a Previdência Social adequada ao País. “Defendemos um modelo de Previdência pública, que cumpra uma função social”, afirma Juruna.
“O governo aperta o cerco aos trabalhadores, mas não cobra os grandes devedores do INSS. Insiste que a Previdência é deficitária, mas aplica a Desvinculação de Receitas da União, mecanismo que permite ao governo federal sequestrar recursos da Seguridade”, denuncia o bancário Adilson Araújo, presidente da CTB.
Congresso – O sindicalismo também busca interlocutores no governo e Congresso Nacional. Na quarta (13), lideranças das Centrais, Confederações, Federações e Sindicatos participaram da segunda reunião preparatória a fim de relançar os trabalhos da Frente Parlamentar Mista em Defesa da Previdência. O evento está marcado para 20 de março.
Artur Bueno de Camargo, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Alimentação, esteve no encontro. Ele relata que existe consenso sobre a inexistência de déficit na Previdência, como mostrou CPI em 2017.
“É preciso acabar com isenções das empresas devedoras e com todas as formas de saque aos cofres da Seguridade. Por isso a importância da Frente Parlamentar pra se debater, dentro do Congresso, mecanismos que evitem desvios”, argumenta.
Mais informações: www.fsindical.org.br
Agência Sindical
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