O movimento sindical foi às ruas nesta quinta (22) em ação nacional de conscientização contra a reforma neoliberal da Previdência proposta por Temer e defendida por Bolsonaro. Os sindicalistas alertam que a reforma de Bolsonaro é ainda pior do que a de Temer, cuja votação acabou suspensa devido à pressão popular.
Houve assembleias, diálogo com a população e panfletagem nos locais de trabalho, praças e ambientes de grande circulação nos Estados de São Paulo, Bahia, Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Ceará, Sergipe e no Pará.
As atividades, convocadas pelo Fórum das Centrais – CUT, Força Sindical, CTB, UGT, Nova Central, CSB, Intersindical, CGTB e CSP-Conlutas – deram início à Campanha Permanente em Defesa da Previdência, lançada dia 12 em plenária no Dieese, em SP.
A Agência Sindical conversou com dirigentes que participaram das ações. Segundo o secretário-geral da CTB, Wagner Gomes, Bolsonaro queria aprovar parte da reforma do Temer ainda este ano, para aprofundar o ataque no próximo governo.
“O modelo que ele quer adotar é de capitalização, que só favorece os bancos. O governo visa tirar a responsabilidade do Estado com a aposentadoria do trabalhador, que só tem a perder. Com essa reforma, aumentam a idade mínima e o tempo de contribuição. Mas reduz-se drasticamente o valor da aposentadoria”, critica.
Para o presidente da CUT-SP, Douglas Izzo, o grande desafio do sindicalismo é construir um diálogo com os trabalhadores, a fim de impedir que “sejam enganados com essa ilusão de que aposentadorias por capitalização propiciariam benefício melhor”.
Conta – “O governo precisa cobrar devedores e acabar com isenções, que sangram o caixa. Não é possível deixar de cobrar mais de R$ 500 bilhões de dívidas de empresas e bancos e obrigar o trabalhador a pagar essa conta. Não é o benefício da aposentadoria que quebra a Previdência”, argumenta.
O presidente da Nova Central-SP, Luiz Gonçalves (Luizinho), denuncia que Bolsonaro quer implantar o modelo que afundou a Previdência Social no Chile. “Hoje, a maioria dos aposentados chilenos recebe menos que o salário mínimo local”, ressalta.
Ministério – A segunda, 26, também será de mobilizações. As Centrais promovem protestos contra a ameaça de extinção do Ministério do Trabalho e Emprego em frente às Superintendências Regionais e outras instalações do órgão em todo o Brasil.
Agência Sindical
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