O movimento sindical de Guarulhos (SP) luta pra salvar 4,7 mil empregos na Proguaru. As entidades resistem à investida do prefeito Guti, que, no final do ano passado, na calada, passou na Câmara projeto que extingue a empresa fundada em 1979.
A alegação é que a empresa de economia mista tem problemas de caixa. O sindicalismo contesta. E o Sindicato da categoria (Stap), após liderar greves e demandar na Justiça, passa lista pra colher assinaturas que garantam o referendo. Ou seja, a lei aprovada pela Câmara teria que passar por sufrágio popular.
Todos os Sindicatos filiados à Força Sindical Regional Guarulhos subscrevem a Nota “AINDA DÁ TEMPO DE SALVAR A PROGUARU E MILHARES DE EMPREGOS” – endereçada ao prefeito Guti, presidente da Câmara, Fausto Martello, e à população.
José Barros da Silva Neto, coordenador da Força Regional, afirma: “Não há razão contábil que justifique colocar no olho da rua tantos trabalhadores, gente que ganha R$ 1,4 mil por mês, pessoas simples e pobres”.
A entidade, na Nota, pede audiência ao prefeito e ao presidente da Câmara. E conclui: “Lembramos às autoridades que o povo saberá ser grato a quem ajudar a manter a empresa, seus serviços e os empregos”.
TRECHOS DA NOTA
A Força Sindical Regional Guarulhos vem clamar à consciência cívica e humanitária das autoridades pra que não cometam a injustiça de fechar a Proguaru e demitir 4,7 mil.
Razões não faltam a favor da empresa e seus trabalhadores.
I) Desde sua fundação, em 1979, a Proguaru presta excelentes serviços, mantém a cidade limpa e cuidada, sejam unidades de saúde, escolas, logradouros, calçadas ou bueiros. Tal trabalho tem efetiva contribuição à qualidade de vida dos cidadãos.
II) A empresa paga salários modestos à imensa maioria. Como salário tem natureza alimentar, tais demissões agravarão as condições de vida de mais de 18 mil pessoas, considerando-se as famílias.
III) A ideia de fechar a Proguaru não foi debatida na campanha eleitoral de 2020. Estranha-se ainda a ausência de audiências públicas ou de tratativas com o Sindicato representativo (o Stap), até porque vigora a Lei 352/09 – Comissão Permanente de Negociação, na Administração Direta ou Indireta, para questões trabalhistas.
IV) A extinção da empresa atingirá duramente a economia local, pois também afetará o comércio e a rede de fornecedores da própria Proguaru.
PDV – O que não pode é haver pressão, imposição, assédio e constrangimento aos trabalhadores. A Proguaru precisa continuar, ainda que reestruturada.
Lembramos às iautoridades que o povo saberá ser grato a quem ajudar a manter a empresa, seus serviços e os empregos.
Audiências – Vimos solicitar audiência ao prefeito municipal e ao presidente da Câmara.
Centrais – CUT, Força Sindical, UGT e CSB são contra fechar a empresa.
José de Barros da Silva Neto, Força Sindical Regional Guarulhos – Pela Comissão Sindical.
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Por Agência Sindical
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