A Colômbia elegeu domingo (19) seu primeiro presidente progressista. Gustavo Petro assume com sua vice, Francia Márquez, em agosto. Uma das tarefas dos eleitos é dialogar com toda a sociedade e vencer a desigualdade social. Quem avalia é Ortelio Palacio Cuesta, dirigente da Força Sindical e consultor de relações internacionais da ADS – Alternativa Democrática Sindical das Américas.
Ortelio falou com a Agência Sindical. Ele, que é colombiano da cidade de Apartadó e vive no Brasil desde 1995, acompanhou de perto a disputa eleitoral, que teve apoio unitário do sindicalismo. “O movimento sindical apoiou majoritariamente Petro durante toda a campanha. Assim como no Brasil, há diferenças entre as Centrais. Mas a imensa maioria esteve com a chapa progressista”, afirma.
Para o dirigente, essa vitória quebra um paradigma histórico, já que a Colômbia é um país de forte política conservadora. “Parecia impossível de quebrar. Isso significa uma mudança importante. Petro venceu com propostas de cunho social, de fortalecer os programas sociais e reduzir a grave desigualdade que afeta a população”, explica.
Sindicalismo – Gustavo Petro foi eleito com uma plataforma de maior proximidade com o movimento sindical. Apesar disso, pra que o novo presidente consiga emplacar projetos que reduzam o desemprego e a desigualdade, terá que dialogar com o Congresso. E não será tarefa fácil, comenta Ortelio Palacio Cuesta. “Ele não tem maioria no Congresso. Quando foi prefeito de Bogotá, sofreu impeachment. Não por corrupção, mas porque há um sistema muito difícil de governabilidade na Colômbia, que tem maioria conservadora. Será um desafio muito grande”, diz.
Nota – A ADS publicou Nota domingo à noite, após confirmação da vitória de Petro. No documento, a entidade diz esperar do novo governo prioridade aos empregos, inclusão social, distribuição de renda, negociações, paz e desenvolvimento sustentável. Clique aqui e leia.
Por Agência Sindical
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