Sindical

Sindicalista de Roraima conta como é São Luiz

Cidade de 8,3 mil habitantes contratou por R$ 800 mil show do cantor Gusttavo LIma

São Luiz, Roraima, saiu do anonimato. Saiu porque veio a público a contratação do brega Gusttavo Lima por R$ 800 mil, para show no final do ano. A contratação, pela Prefeitura, despertou o Ministério Público. Se levada em conta a população de 8,3 mil habitantes, o show custará mais de R$ 96,00 por morador.

Como vive São Luiz, a 3.175 quilômetros de São Paulo? A Agência Sindical ouviu Nazilene Almeida Barbosa, presidente do Sindicado dos Servidores Municipais desde 2016.

Professora – Maranhense de Imperatriz, Nazilene é professora na rede local. O município tem sete escolas; três na zona rural. Ela diz: “O funcionalismo tem pouco mais de 200 concursados. Os outros são contratados”. Economia depende muito desses salários. A cidade vive também da agricultura. “Boa parte da cultura é de banana. Povo também planta feijão, milho, macaxeira e outros produtos de subsistência”, ela conta. E tem o penúltimo PIB do Estado.

A categoria já fez greve? “Já fizemos protestos”, diz a presidente. O Sindicato é filiado à CUT. A queixa com relação ao prefeito é, segundo ela, “falta de diálogo, porque muitas vezes ficamos sem resposta”.

Os professores ganham Piso Nacional, instituído pelo então presidente Lula. Já os demais, segundo a sindicalista, “recebem salário mínimo”. Os Agentes Comunitários de Saúde também recebem Piso. Reajuste da categoria ocorre em janeiro, quando o mínimo é corrigido.

Saneamento – A cidade tem água tratada, mas não rede de esgotos. Dejetos vão pra fossas. “Barraco tem pouco, ainda há casas de madeira e falta pavimentação em muitas ruas”, ela descreve. Tem Unidade básica de Saúde? Responde: “Tem duas e uma outra em construção”.

Em São Luiz, professor é considerado classe média. Segundo o UOL, em maio, a cidade recebeu R$ 559.716,00, incluindo recursos do Benefício Extraordinário e da Cesta-Raiz, complemento do Auxílio Brasil. O site informa que 2.540 famílias são cobertas pelos programas.

Por Agência Sindical

Jornal Imprensa Sindical

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