A Universidade 9 de Julho gerou revolta entre o professorado ao realizar demissão em massa. Mais de 300 já foram dispensados por meio de plataforma na internet. As demissões continuam.
A denúncia é da Federação dos Professores do Estado de São Paulo – Fepesp. Em entrevista à Agência Sindical, Celso Napolitano, presidente da Federação e diretor do Sindicato dos Professores de São Paulo, revela que, no aviso, a faculdade anuncia o desligamento dos trabalhadores sem piedade. “Imagine o professor abrir a plataforma pra trabalhar e receber o aviso de demissão”, ele critica.
Segundo Napolitano, os professores foram desligados, segunda, dia 22, sem aviso prévio, apresentação de motivos pra cada caso, sem contato pessoal. “A instituição solicita ainda a devolução de crachás e carteirinha de plano de saúde, sem dar qualquer explicação. É uma imoralidade a forma como foram feitas as demissões”, diz o professor.
Terça (23), o Sindicato dos Professores protocolou no Tribunal Regional do Trabalho de São Paulo pedido de dissídio coletivo solicitando a anulação, em caráter liminar, das demissões. Os advogados do Sinpro-SP buscam a mediação do TRT pra abrir negociação e tentar uma solução em tempo hábil.
O dirigente da Fepesp explica que, apesar de ter sido facilitada pela reforma trabalhista de 2017, a demissão em massa, como a da Uninove, promove forte enorme impacto social. “E o fato de ocorrer em meio à pandemia, da forma como foi feita, agrava ainda mais a situação. Por isso, estamos apelando ao Tribunal pra que as condições nas relações capital-trabalho sejam preservadas, com bom senso e sentido humano”, afirma Celso Napolitano.
Abaixo-assinado – Ao tomar conhecimento do abuso, alunos da instituição criaram um abaixo-assinado on-line pela revisão da medida, classificada por eles como “total desrespeito à pessoa” e à atividade profissional. Clique aqui e assine.
Rede – Pra agilizar a comunicação e tirar dúvidas, o Sindicato criou uma rede de comunicação específica. Interessados devem enviar dados para o email uninove@sinprosp.org.br.
Mais informações – Acesse os sites da Fepesp e do SinproSP.
Agência Sindical
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