Sindicato dos Servidores da Administração Pública Municipal de Guarulhos se queixam com a forma que são tratados no Sesmt. Médicos do trabalho obrigam o retorno laboral sem realizar qualquer tipo de exame
“Fui ao Sesmt no dia 5 de junho de 2023 e falaram que não poderiam me ‘bancar’ daquele jeito. Tenho 20 anos de trabalho na Prefeitura e fui tratada como lixo. Me senti uma criminosa”. Este é um dos graves relatos de uma Servidora Pública de Guarulhos, que se somam a tantos outros em um dossiê de 21 páginas, elaborado pelo Departamento Jurídico do Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública Municipal (Stap), e entregue aos 34 vereadores, além da prefeitura.
O Sindicato pede apoio do Governo na fiscalização aos Serviços Especializados em Segurança e em Medicina do Trabalho (Sesmt), para resolver um problema que já vem se arrastando há alguns meses.
Segundo relatos, os médicos pessoais dos trabalhadores emitem atestados e laudos afastando-os das atividades laborais. Apesar disso, quando chegam ao Sesmet, os mesmos contam que sequer são examinados e os médicos do trabalho os obrigam a retornar às suas funções.
A situação chegou a tal ponto que os Servidores têm procurado o Sindicato para entrar com ações na Justiça contra a determinação dos médicos do trabalho.
“Estamos obtendo diversas vitórias judiciais contra o Sesmt. O médico pessoal dá um laudo ao trabalhador, indicando que ele deve ser afastado e precisa fazer uma readaptação. Mas no Sesmt, sem qualquer tipo de exame, a readaptação é negada e a pessoa é obrigada a voltar a trabalhar”, informa o presidente do Stap, Pedro Zanotti Filho.
Apoio do Poder Público
No dia 7 de agosto, Pedro fez uso da Tribuna Livre na Câmara Municipal de Guarulhos pedindo apoio dos vereadores do município na fiscalização ao Sesmt. “Essa Casa precisa entender o que está ocorrendo. Então, peço aos parlamentares que façam requerimentos, cobrem o secretário de Gestão, Adam Kubo. Nós precisamos mudar o posicionamento em relação aos Servidores”, disse o dirigente.
Até o momento, porém, não houve qualquer tipo de resposta do Governo. “O silêncio do prefeito Guti, do seu secretário Edmilson Americano e dos 34 vereadores da nossa cidade é ensurdecedor. No dia 7 de agosto, fiz questão de entregar um dossiê a todos os parlamentares e cobrei medidas de fiscalização. Mas, quase um mês depois, nada foi feito”, conclui Pedro Zanotti Filho.
Por Força Sindical
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