Janeiro foi bom para os salários no Brasil. E não só pelo aumento real do salário mínimo. As negociações coletivas das categorias também obtiveram ganhos reais.
Segundo o boletim do Dieese, “De olho nas Negociações”, 88,2% delas conquistaram ganho superior ao INPC. Empatadas com a inflação ficaram 6,7%. Acordos abaixo do INPC foram 5,1%. No ano passado, na média, os aumentos reais foram de 85%.
O que explica esses ganhos reais? A Agência Sindical ouviu Victor Pagani, Diretor de Relações Sindicais do Dieese. Ele relaciona vários fatores, começando pela política de aumento do salário mínimo.
“Os ganhos têm relação com um mercado de trabalho aquecido, inflação sob controle e crescimento do PIB, em torno de 3,5% ou mais. O aumento no salário mínimo empurrou pra cima Pisos de categorias com menor poder de barganha, como os rurais e alguns setores de serviços”, explica. O técnico do Dieese observa que a conjuntura econômica favorável “impulsiona as negociações coletivas”.
Outro fator concreto que justifica o alto desempenho das negociações coletivas está relacionado ao emprego. Victor Pagani comenta: “Fechamos o ano com o menor desemprego da série histórica”.
No ano passado, observa o diretor de relações sindicais do Dieese, o Brasil registrou um saldo positivo de 1,6 milhão de empregos com Carteira assinada. Outro dado importante da economia foi o segundo melhor resultado da história em nossa balança comercial.
2025 – Pagani vê na alta taxa da Selic um ponto negativo, que, a seu ver, “pode dar uma esfriada no desempenho da economia”. O movimento sindical, nessa conjuntura, precisará se empenhar para garantir os bons resultados obtidos no ano passado.
MAIS – Site do Dieese – www.dieese.org.br
Por Agência Sindical
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